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Quando as pétalas começam a cair…

Anotações

A importância da fotografia é transversal a vários domínios, como foi sublinhado no decorrer das I Jornadas de Fotografia da Guarda que decorreram, no passado sábado, numa organização conjunta do Instituto Politécnico da Guarda e do Fotoclube da Guarda.

As referidas Jornadas constituíram um momento de formação, diálogo e divulgação de trabalhos ou projetos, a maioria dos quais protagonizados por pessoas da Guarda ou da região; pessoas que, apaixonadas pela fotografia, estão a desenvolver interessantes levantamentos e registos, aplicando técnicas, criatividade, saber, promovendo múltiplos lugares, terras e património.

Interessante é verificarmos que há juventude envolvida neste amor pela fotografia, explorando as suas potencialidades, transformando-a numa forte mensagem desdobrada em muitas palavras, utilizando-a como testemunho e alerta para a realidade, para a nossa realidade…

Catarina Flor é uma jovem, natural da Guarda, que começou a interessar-se pela fotografia quando tinha apenas 10 anos; a partir de então foi crescendo o gosto por esta atividade que alicerçou em formações diversas e no aperfeiçoamento de técnicas. Hoje, com 22 anos, licenciada em Artes Plásticas e Multimédia (e a frequentar uma pós-graduação em Direção Artística na Produção Audiovisual), Catarina continua idêntica a si própria: humana, sensível, simples, emotiva, interessada, observadora e com uma beleza, ternura e simpatia indiscutíveis…

Através da sua máquina fotográfica continua a mostrar ao mundo a forma como o observa, dando particular ênfase ao registo das emoções e à expressividade e beleza de um gesto, de um olhar, das coisas simples e verdadeiras.

Nas Jornadas de Fotografia da Guarda apresentou uma cativante e expressiva comunicação subordinada ao tema “Quando as pétalas começam a cair – projeto de artes plásticas e multimédia”; para além da interação criada com os participantes no referido evento, Catarina Flor soube, de forma original, deixar uma forte mensagem sobre a necessidade de valorizarmos a vida, a saúde, aquilo que é realmente importante para uma realização pessoal em harmonia com os nossos semelhantes, deixando uma marca positiva da nossa presença no mundo.

Partindo de casos concretos e reais, testemunhos elucidativos de dramáticos casos de doença e de experiências trágicas vividas pelas pessoas que deram a imagem e a voz num excelente trabalho de arte e multimédia, a jovem guardense alcançou o seu objetivo e transmitiu uma mensagem de otimismo, o apelo para que saibamos apreciar e valorizar o que a Vida tem de bom, num aproveitamento constante e pleno. A mensagem foi recebida, arrebatando a reflexão dos participantes e turvando mesmos muitos olhares…a fotografia é também emoção.

Nesta Guarda de emoções, Catarina Flor é um exemplo promissor a reter e, pelo que temos observado, não hesitaremos em dizer que o seu nome surgirá, futuramente, associado a qualificados trabalhos na área da fotografia e multimédia.

Por: Hélder Sequeira

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