P- Vai começar uma nova edição do Programa QI PME Centro dirigido às Empresas. Em que consiste este Programa.
R- Este Programa de Formação – Acção é dirigido, essencialmente, ao sector industrial e serviços de apoio à indústria. Durante um ano, as empresas terão oportunidade de usufruir de consultoria e formação à medida, com profissionais qualificados e de uma forma gratuita.
P- A AENEBEIRA, além do apoio aos associados e da realização de Feiras, tem acentuado a sua actividade ao nível dos Programas de Formação Tradicional e dos Programas de Formação-Acção. Porquê esta aposta e quais as diferenças entre os vários tipos de formação?
R- Podemos dizer, de uma forma genérica, que a dita Formação Tradicional se divide em Formação para activos (empregados) e desempregados e primeiro emprego, e que se destina a aumentar as competências através de cursos já tipificados. Qualquer um dos destinatários pode inscrever-se para frequentar as acções que deseja. Por outro lado, temos a formação-acção que se destina essencialmente às empresas e, como o próprio nome indica, tem momentos de Acção (consultoria) e Formação para empresários e colaboradores.
P- A AENEBEIRA tem já bastante experiência neste tipo de Formação-Acção, uma vez que tem vindo a desenvolver vários programas. Quais os benefícios que as empresas podem retirar com a sua participação?
R- Realmente, a AENEBEIRA, ao longo dos últimos 10 anos, tem vindo a desenvolver, em colaboração com os vários organismos gestores, diversos programas de consultoria com diferentes metodologias de intervenção. No entanto, todos eles têm uma linha comum, ou seja, é realizado um diagnóstico inicial que vai definir, por um lado, as necessidades de consultoria e o próprio plano de acção e, por outro, define também as necessidades de formação à medida para os activos das empresas. Paralelamente, também existe, e é obrigatória, uma formação já tipificada para os empresários ou gestores designados. Relativamente aos benefícios, podemos sintetizar com uma frase: Consultoria e formação à medida para as Empresas e na própria empresa, por consultores e formadores especializados e de uma forma gratuita.
P- Sendo assim, quem pode participar no QI PME Centro?
R- Nesta edição do QI PME poderão participar 25 empresas da nossa área de intervenção, quer sejam sociedades ou empresários em nome individual, que preencham os requisitos e que obtenham a melhor pontuação na grelha de selecção.
P- Então não basta querer participar, é necessário ficar bem pontuado e preencher os tais requisitos. Mas, mais concretamente, que requisitos são esses e quais os sectores de actividade que podem participar?
R- Se houver 30 empresas interessadas em participar só poderão ser seleccionadas as 25 melhores pontuadas. Os sectores de actividade prioritários para o QI PME são algumas CAEs da agricultura, a indústria extractiva e transformadora, serviços de apoio à indústria, informação e comunicação… Relativamente aos requisitos, não querendo estar aqui a dissecá-los todos, são os habituais para quando há apoios comunitários, como, por exemplo, os resultados líquidos positivos no ultimo ano, as declarações de não divida à Segurança Social e Finanças.
P- Quem quiser participar, quando e como o poderá fazer?
R- O programa desenvolver-se-á até meados de 2011 e o arranque está previsto ainda durante o mês de Junho deste ano, portanto durante cerca de um ano. As inscrições estão abertas até meados do mês de Junho. Quem estiver interessado em participar pode manifestar essa intenção de várias formas, quer pessoalmente na sede (pavilhão Multiusos de Trancoso) ou delegações da AENEBEIRA, por telefone (271/812138) ou email (geral@aenebeira.pt). Depois, os técnicos da Associação promoverão uma reunião com o respectivos interessados, nas instalações da própria empresa, para preencher um formulário de pré-selecção e verificar alguns dos requisitos.
P- A duração de um ano, ou perto disso, não é demasiado tempo?
R- Não, pois, como já disse, o programa está dividido por partes e tem uma forma sequencial. Cada empresa terá direito a 170 horas de Consultoria mais as horas de formação à medida que forem necessárias. No início haverá 70 horas para o diagnóstico e preparação do plano de acção, depois, a intervenção propriamente dita é de 80 horas de consultoria e no final dedicam-se 20 horas à avaliação da intervenção. A formação é divida em duas partes, uma de cerca de 60 horas, transversal pré-formatada e de carácter obrigatório, destinada aos empresários ou pessoas por si designadas, e uma outra formação, neste caso à medida, que decorre do diagnóstico elaborado, destinada aos colaboradores.
P- Então, o QI PME funciona melhor nas pequenas ou nas grandes empresas?
R- O programa é destinado às Micro e Pequenas e Médias Empresas, portanto ajusta-se à nossa realidade. Em termos de funcionamento, ou resultados após a intervenção, podemos dizer, com base em experiências anteriores, que são melhores quando o programa é encarado pela empresa ou empresários desde o seu início com seriedade e empenho, porque além dos consultores sentirem que o seu trabalho vai ser aproveitado no futuro, há também uma percepção, por parte dos seus colaboradores, da importância do programa. Portanto, todo o tempo e empenho despendido pelos empresários, quer para a elaboração do diagnóstico, quer na intervenção ou na formação, será proporcional aos resultados ou benefícios resultantes da intervenção no seu todo.
P- E esperam que haja muitas empresas interessadas em participar?
R – Embora possa haver alguns requisitos de acesso que condicionem a participação de algumas empresas, o facto do Programa ser gratuito e já não ser novidade para muitas empresas, nomeadamente para as que já participaram no quadro comunitário anterior, leva-nos a crer que sim. Portanto, quem estiver interessado em participar ou saber mais informações sobre o programa, não hesite em contactar-nos, pois teremos todo o gosto em promover uma reunião para esclarecer e preencher a ficha de pré-selecção.