Na quarta-feira, cerca de 50 elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Guarda “invadiram” o mercado quinzenal e revistaram bancas e carrinhas. «Entraram por aqui a dentro, cada um tomou conta de uma tenda sem sabermos porquê», conta o feirante Joaquim Rosa. «Acho muito bem, mas os outros não têm culpa daquilo que se está a passar. Vimos para governar a vida, não vimos para estar aqui nestas condições. E acho muito mal porque as pessoas começam a vir e vão-se embora», queixa-se o feirante, que diz desconfiar que «vieram por causa de armas». «Mas se traziam um nome, segundo aquilo que ouvi dizer, fossem ao pé dessa pessoa e fizessem o que tinham que fazer. Só porque somos todos ciganos temos que pagar por isso? Não temos direito a viver a nossa vida?», questionou Joaquim Rosa, que adiantou que não teve conhecimento de qualquer apreensão de roupa nem de armas. «Acho que apanharam uma moca dentro de um carro», acrescentou, reforçando que acha bem «que a polícia esteja para zelar pelas pessoas, mas nós não temos que levar com tudo».