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PSD à espera de Álvaro Amaro

Comissão Política Distrital reúne na segunda-feira para decidir quem será o candidato à Câmara da Guarda

O candidato do PSD à Câmara da Guarda será conhecido na segunda-feira, na reunião da Comissão Política Distrital. Álvaro Amaro é, por esta altura, o nome que todos esperam ouvir nessa noite, mas o partido tem alternativas para o caso de declinar o convite de concorrer na capital de distrito. Júlio Sarmento e João Prata são os nomes que se seguem.

«Álvaro Amaro é a primeira prioridade», admitiu o presidente da Distrital a O INTERIOR, adiantando que se o autarca de Gouveia não aceitar será ele a avançar. «Mas com a condição de liderar uma candidatura de unidade e de ter o apoio inequívoco da concelhia da Guarda, caso contrário não serei candidato», ressalva Júlio Sarmento, exemplificando que gostaria de ver esse apoio «consubstanciado numa candidatura à Assembleia Municipal liderada por Manuel Rodrigues». No entanto, se a secção guardense lhe virar costas, João Prata é a terceira hipótese em cima da mesa. «A decisão será tomada à volta destes três nomes», garante o líder social-democrata, considerando que todos têm condições para «encarnar uma candidatura forte» à Câmara da Guarda. «Resta saber qual o grau de rejeição que pode ter um candidato de fora da Guarda», acrescenta Júlio Sarmento, que acredita que o PSD vai apresentar «uma solução ganhadora e credível» aos guardenses. O nome que sair da reunião de segunda-feira será proposto à Comissão Política Nacional para ratificação.

Um destacado militante, que pediu para não ser identificado, não dúvida que Álvaro Amaro «sempre esteve interessado em ser candidato na Guarda, embora sem nunca o dizer claramente, e desta vez tudo aponta para que o venha a ser. Mas isso só vai depender dele». Na sua opinião, será «muito mau que não aceite agora, sobretudo para Júlio Sarmento. Um decisão dessas vai dececionar muita gente», admite. Contactado por O INTERIOR, Álvaro Amaro escusou-se a falar do assunto. Por sua vez, João Prata também não se quis pronunciar sobre o tema, dizendo que «a escolha do candidato não pode andar no foguetório mediático» e que quem vai decidir terá de o fazer «sem pressões de qualquer espécie para que a solução possa merecer a confiança maioritária da população».

Contudo, o atual deputado e presidente da Junta de Freguesia de São Miguel sempre vai dizendo que «é bom que os partidos se revejam nessas candidaturas». No que lhe diz respeito, João Prata afirma que está «sempre disponível para servir a Guarda, seja numa lista à Câmara, à Assembleia Municipal ou a uma Junta de Freguesia».

A moda das páginas do Facebook

É a moda do momento na Guarda: criar páginas no Facebook de apoio a putativos candidatos independentes à Câmara local. Foi assim com Virgílio Bento, derrotado nas diretas do PS por José Igreja e logo depois desafiado por um “movimento cívico” a concorrer sem partido. Há agora Manuel Rodrigues, que outro “movimento cívico” quer ver na corrida à autarquia após o presidente da concelhia do PSD se ter manifestado indisponível para concorrer pelo seu partido por o seu nome não ter sido ratificado pela Distrital. Com uma diferença. Criada a 26 de dezembro, a página “Movimento cívico pela candidatura independente de Virgílio Bento” conseguiu, em apenas quatro dias, mais de 1.600 “gostos”, contando anteontem, à hora do fecho desta edição, 1.989 – um dos quais do próprio. A página “Movimento Independente pela Guarda – Manuel Batista Rodrigues” foi lançada a 22 de janeiro e uma semana depois tinha 199 “gostos”. Apesar dessa diferença de “apoios”, ambas as páginas têm muitos “fãs” em comum, mas não o suficiente para o social-democrata e o socialista aceitarem o repto dos “cidadãos”. Por isso, até agora o único candidato independente à Câmara da Guarda continua a ser Baltazar Lopes, que tem andado a reunir assinaturas para poder concorrer – precisa de 2.200.

Luis Martins Júlio Sarmento assume que Álvaro Amaro é «a primeira prioridade»

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