José Sócrates, afirmou na Guarda, na noite da passada sexta-feira, que defende a regionalização, assente na criação de cinco regiões administrativas, bem como mais eficiência no combate à fraude e à evasão fiscal, propondo ainda o aumento das medidas sociais.
«Cada vez que o PS passa pelo Governo, as políticas sociais ficam mais fortes», afirmou na sessão de esclarecimento sobre a moção “PS: A força da mudança” que apresentará ao XVI congresso nacional do partido, agendado entre 27 de Fevereiro e 1 de Março, em Espinho. Perante uma sala cheia de militantes e curiosos, o secretário-geral socialista sublinhou ainda que o partido que lidera é «da esquerda democrática, da esquerda moderada, não da esquerda radical». E avisou que «nós não governamos para nenhuma corporação, para nenhum sector. Nós governamos em nome daquilo que consideramos ser o interesse geral dos portugueses».
Na sua intervenção, que durou cerca de 35 minutos, reafirmou que no congresso, vai propor ao partido a inclusão no programa eleitoral do direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, uma proposta pouco aplaudida no Hotel Turismo. «Há quem diga que talvez não seja o momento para este tema, mas todos os momentos são bons para lutar contra a discriminação», justificou, dizendo que esta proposta é feita «em nome dos valores políticos de sempre do PS, em nome dos valores da liberdade, da tolerância e da dignidade individual».
Na Guarda, José Sócrates ficou a saber que o distrito estará «a cem por cento» com o secretário-geral, anunciou José Albano Marques, o presidente da Federação distrital. Já o presidente da Câmara local, Joaquim Valente, referiu que apoia a reeleição de Sócrates, porque o país «precisa de estabilidade», criticando «a calúnia e a mentira» que considera perpassar no caso Freeport.