Os candidatos socialistas pelo distrito de Castelo Branco exigiram na última terça-feira, em conferência de imprensa, a suspensão do mandato do presidente da Câmara da Covilhã, número dois da lista do PSD no distrito. Os socialistas exigiram «coragem política e princípios éticos» a Carlos Pinto, dizendo que o próprio já deveria ter explicado aos eleitores se pretende ser presidente da Câmara ou deputado na Assembleia da República após as eleições de 20 de Fevereiro. Uma exigência que também já tinha sido feita pelo vereador Miguel Nascimento na última reunião pública de Câmara da Covilhã. «Bem sabemos que é mais fácil escudar-se atrás do seguro cargo de presidente da Câmara para não correr o risco de um desaire eleitoral», criticam os candidatos do PS, para quem o edil se mantém no lugar apenas para «promover a sua candidatura e a do PSD». O PS acusa ainda o autarca de ser «incoerente», lembrando as críticas de «estrangeira» e «paraquedista» a Maria Elisa quando foi cabeça de lista por Castelo Branco nas últimas legislativas. Não entendem também o «ataque violento» a Sócrates, quando há três anos «agradeceu os seus contributos para o desenvolvimento do concelho da Covilhã e da região». Para os socialistas, esta mudança de Carlos Pinto é uma «mera oportunidade politica para mostrar a Morais Sarmento que agora volta a estar com o PSD». Mas o cabeça de lista do PSD também não foi poupado, tendo sido acusado de nada ter feito no Governo para o combate ao desemprego numa região onde há 9.600 desempregados, 5.457 dos quais referentes apenas ao concelho da Covilhã. “O Interior” tentou conhecer a posição de Carlos Pinto, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.