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Maria do Carmo acredita na eleição de três deputados pela Guarda

Fórum Novas Fronteiras ficou marcado pelas fortes críticas do PS ao «pior Governo constitucional de sempre»

«Penso que é possível eleger no dia 20 três deputados no distrito da Guarda. Acho que é um desafio que está ao nosso alcance. Vamos a isso!». Numa sala “a rebentar pelas costuras”, Maria do Carmo Borges, mandatária distrital da lista do Partido Socialistas às legislativas, lançou o repto. Já Vital Moreira, membro do Conselho Coordenador Nacional do Fórum Novas Fronteiras, apelidou Santana Lopes de «”troca-tintas”» e de «pior primeiro-ministro que alguma vez tivemos».

Na sua intervenção, Maria do Carmo considerou que Portugal «está hoje pior que em 2002» e que «nada melhorou» no distrito durante o mandato do Governo PSD/CDS. Por isso as sondagens que atribuem a maioria absoluta ao PS «não são por acaso». Daí desejar que a Guarda tenha a oportunidade de «contribuir para a maioria absoluta» e eleger três deputados. «Se calhar só eu acredito, mas é possível», garante. Por sua vez, Pina Moura, cabeça de lista do PS, lamentou o «ponto a que chegou o nosso país ao fim de três anos». Entre outras considerações nada abonatórias para o actual Governo, o antigo ministro da Economia afirmou que na região da corda da Serra da Estrela se assistiu a uma «política social e economicamente criminosa» com o encerramento de muitas empresas e o consequente desemprego de inúmeras pessoas, isto após o PS ter «salvo 10 mil postos de trabalho» na região. Mas também Ana Manso não ficou imune às “farpas” de Pina Moura. «Criticamos o Governo, mas também a líder distrital do PSD, que fez questão de afirmar que tudo o que se tinha feito era para deitar fora. É importante que os trabalhadores penalizem a maioria por este crime que foi perpetrado contra eles».

Aliás, estas eleições antecipadas são uma oportunidade para «dar uma nova esperança e, principalmente, um rumo ao país», realça. A nível nacional, as apostas passam pelo crescimento, emprego e consolidação das finanças públicas, sem esquecer o desejo do PS criar «mais 150 mil postos de trabalho». Por último, frisou que «precisamos absolutamente de ter uma maioria absoluta para nos podermos responsabilizar pelos compromissos que propomos». Fernando Cabral, segundo da lista, a quem coube a apresentação do manifesto eleitoral distrital, garantiu que o PS «vai manter a A23 e a A25 sem portagens». A modernização e ampliação do Hospital da Guarda, bem como a construção do novo Hospital de Seia durante a legislatura, a concretização e efectivo funcionamento da PLIE, como «prioridade absoluta do distrito e do interior», ou a construção do Museu do Côa, um «projecto-âncora», fazem parte da vasta lista de prioridades apresentada. Por último, Vital Moreira, também salientou a necessidade de uma «vitória robusta que garanta responsabilidade». De resto, o professor catedrático diz mesmo que este é «provavelmente o pior Governo constitucional de sempre e o pior primeiro-ministro que alguma vez tivemos», gerador das situações «mais inacreditáveis». De resto, a escolha parece ser simples: «De um lado temos um candidato desacreditado e desorientado, um “troca-tintas”, e do outro um homem que foi um grande ministro e pode ser um primeiro-ministro confiável». Quanto à possível vitória do PS, ela «não é apenas esperada, mas devida e merecida», sustentou. A terminar, Vital Moreira deixou uma constatação no ar: «Já tivemos muitos Governos de coligação, nenhum chegou ao fim, e minoritários só o primeiro de António Guterres chegou ao fim», frisando que não gostaria de ver o PS «repetir alguns negócios», como o do «queijo limiano».

Ricardo Cordeiro

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