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«PS e PSD têm culpas no aumento das assimetrias regionais»

Santana Lopes pediu mais benefícios para o interior durante uma passagem do grupo parlamentar pelo Fundão

O líder parlamentar do PSD, Santana Lopes, prometeu «insistir com o Governo» para que as empresas que já estão no interior beneficiem dos mesmos incentivos atribuídos para a fixação de novos negócios. Na segunda-feira, Santana Lopes esteve na Ladeira, aldeia do concelho do Fundão com cerca de 20 habitantes, onde assumiu que o PSD tem responsabilidades repartidas com o PS no aumento de assimetrias regionais nos últimos 30 anos.

«Três décadas depois, o país está muito mais desequilibrado», sublinhou, exemplificando que «há concelhos do interior que procuram mão-de-obra qualificada, como engenheiros florestais ou economistas, têm das remunerações mais altas de todo o país e mesmo assim as pessoas não vêm».

Neste cenário, o líder parlamentar do PSD considera que José Sócrates tem responsabilidades acrescidas por ser um homem do interior. «A auto-estrada não foi obra de um só Governo, mas o engenheiro Guterres teve o seu papel. Agora choca-nos e estranhamos que medidas como as da área da saúde estejam a ser tomadas para zonas do país que o líder do actual Governo conhece tão bem», disse. Santana Lopes acrescentou depois que «é para isto que o poder em Lisboa tem que acordar». Esta visita esteve inserida numa iniciativa do grupo parlamentar do PSD dedicada ao interior.

Para além da Ladeira, os deputados de vários círculos eleitorais passaram pelo centro de saúde de Oleiros, por uma empresa de transformação de madeiras e pela Aldeia Histórica de Castelo Novo (Fundão). Apesar da visita ser destinada «sobretudo a ouvir», o líder parlamentar prometeu lutar na Assembleia da República para que, «na parte fiscal, seja dada discriminação positiva às empresas que já estão no interior».

Na área da saúde, ironizou dizendo que «não levamos a mal que o Governo não leve por diante uma política de continuidade relativamente ao encerramento de serviços de saúde». O dirigente recordou ainda a possibilidade de encerramento de uma maternidade entre as três da Beira Interior (Guarda, Covilhã e Castelo Branco), considerando-a «um sinal errado». «No Governo que liderei, quando levaram a proposta de encerramento da maternidade de Chaves a Conselho de Ministros, mandei-a para trás», lembrou.

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