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Projectos

Desde já dou os parabéns a “O Interior” pelo seu mérito em dar notícias aos cidadãos da Guarda ao longo dos últimos quase cinco anos e por dar oportunidade de expressão. Eu nasci na Guarda, onde resido há 26 anos, e sinto uma enorme agonia quando reparo que os municípios em redor da minha cidade se desenvolvem positivamente e encaram o futuro como uma realidade. É que na Guarda, que para mim é uma aldeia grande, os projectos de desenvolvimento não passam do papel para a prática, como é o caso dos tais “silos-auto”. Falados há dois anos na Câmara Municipal, só agora, após protestos e a um ano das eleições autárquicas, decidem avançar finalmente com o projecto. Porquê só agora? Mas pergunto também o que é feito dos projectos Polis, cujo prazo de execução já expirou há muito, como se pode ver numa rotunda da Guarda Gare no relógio de contagem decrescente parado há meses, para espanto de alguns turistas, que não são muitos, e para os guardenses – que já estão habituados a estes lapsos. Ainda estamos para ver o que dali vai sair e que projectos de desenvolvimento da cidade nos estão reservados. Para finalizar o meu descontentamento, viro-me para o problema do novo hospital, que continua num impasse produzido por uma guerra política, embora acredite que jamais será construído. Tenham vergonha, deixem-se de guerras políticas e passem a demonstrar que, afinal, são úteis no poder, porque foram os guardenses que os elegeram para governar a nossa cidade e não para continuar na cauda do desenvolvimento.

Bruno Andrade, Guarda

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