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Professores sem horários chamados a ajudar na prevenção do abandono escolar

Docentes vão ser colocados nas escolas em atividades que fazem parte de um pacote de medidas para o sucesso escolar

O ministro da Educação e Ciência anunciou anteontem a possibilidade dos professores sem horários e contratados serem colocados nas escolas em atividades que fazem parte de um pacote de medidas para o sucesso e prevenção do abandono escolar.

«Estamos em crer que haverá espaço para todos eles e para mais», afirmou Nuno Crato em conferência de imprensa, salientando que o ministério quer que «todos os professores com horário zero contribuam para o sucesso escolar». O governante disse esperar que as medidas sejam apoiadas por «toda a comunidade educativa», acrescentando que esta «melhor afetação de recursos» não surge em reação a um número elevado de professores sem horário, sobre o qual recusou «especular». O ministro exemplificou que docentes de Educação Visual e Tecnológica podem lecionar disciplinas dessa área no 3º ciclo, os das Tecnologias da Informação e Comunicação podem fazer manutenção do Plano Tecnológico da Educação e docentes de vários grupos podem ser colocados em «atividades de expressão artística».

Nuno Crato anunciou também a criação de um sistema de módulos para as disciplinas do Básico e Secundário para alunos com mais de 16 anos e afirmou que as escolas devem também oferecer «percursos curriculares alternativos» adaptados aos perfis e capacidades de cada aluno. As turmas do ensino profissional também poderão ser desdobradas na formação específica e técnica, de acordo com os recursos de cada escola. Entre outras medidas que são «aconselhadas» às escolas, dentro da «afetação de recursos que considerarem adequadas», está a integração de professores de Inglês, Educação Física e Expressões nas atividades de enriquecimento curricular promovidas pelas escolas, o reforço de «apoio ao estudo no 1º e 2º ciclo» do básico, a oferta de iniciação ao Inglês no 1º ciclo, ou a criação de «ofertas complementares» nas áreas da cidadania, artes, cultura ou ciência.

Outras medidas que as escolas poderão tomar, dentro do seu regime de autonomia, são a colocação de professores de português e matemática em regime de «coadjuvação» na área de Expressões, no primeiro ciclo, ou nas disciplinas estruturantes de qualquer nível, a criação de programas de tutoria, estudo orientado ou orientação vocacional.

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