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Prisão efetiva para três arguidos no caso da rede de extorsão

O Tribunal da Covilhã condenou a penas de prisão efetivas três dos 10 arguidos envolvidos na operação “Estrela”. A sentença deste caso investigado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em setembro de 2011 foi proferida na passada quarta-feira e valeu a Janete Pires, cidadã brasileira de 39 anos, 14 anos de prisão por extorsão, falsificação de documentos, burla (uma delas qualificada) e lenocínio.

O acórdão considerou que a prostituta agiu de forma «manipuladora» e «ambiciosa», seduzindo homens para depois lhes extorquir grandes quantidades de dinheiro, sendo que uma das vítimas terá ficado sem 400 mil euros. O coletivo de juízes sublinhou ainda a «gravidade» dos crimes e o facto da arguida já ter antecedentes em Portugal e no Brasil, país onde também terá uma pena para cumprir. Por sua vez, Ricardo Madaleno, companheiro de Janete e ex-funcionário da Câmara da Covilhã, foi sentenciado a seis anos e oito meses pelos crimes de extorsão e falsificação de documentos. O terceiro condenado, Francisco Casteleiro, chefe da PSP local suspenso de funções, terá de cumprir quatro anos de prisão por burla na forma tentada e falsificação de documentos, crime pelo qual já havia sido condenado em 2007.

Os seus advogados já disseram que vão recorrer da decisão. Aos restantes sete arguidos foram aplicadas penas suspensas e multas. Mário Serrano foi condenado a quatro anos e seis meses por extorsão e Maria Alcina a três anos e quatro meses por burla qualificada e falsificação. Já Isabel Gregório, ex-funcionária bancária acusada de facilitar o acesso às contas das vítimas, terá de pagar uma multa diária de 5 euros durante 200 dias pelo crime de falsificação. Foram ainda condenados a pena de multa dois responsáveis e dois instrutores de uma escola de condução de Torre de Moncorvo pela emissão de carta de condução falsa.

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