O presidente da Estradas de Portugal (EP), Almerindo Marques, anunciou na última terça-feira, no Parlamento, que a empresa está confiante de que as negociações com as concessionárias e com os bancos sobre as concessões chumbadas pelo Tribunal de Contas vão ser bem sucedidas.
Recorde-se que em Novembro de 2009, o TC chumbou a concessão da auto-estrada Douro Interior, entre Celorico da Beira e Macedo de Cavaleiros, adjudicada à Mota-Engil. «Temos expectativa que vamos chegar a bom porto», disse aos jornalistas o presidente da EP, à saída da audição na comissão parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, acrescentando que acredita que «se chegará a uma posição tal que não haja lugar a compensação de nenhuma espécie» aos consórcios privados a quem foram adjudicadas as concessões. Quanto à hipótese das construtoras envolvidas nas concessões em risco decidirem paralisar as obras, Almerindo Marques realçou que «é um cenário possível, mas é cada vez menos provável à medida que vão evoluindo as negociações». O responsável disse que a empresa está a negociar com as concessionárias e com os bancos uma solução que permita ultrapassar a recusa na obtenção do visto do TC. E afirmou que «há lugar a renegociar as condições em que foram feitas as primeiras fases» dos concursos para as concessões rodoviárias e avançou que a empresa está a negociar com as concessionárias a quem foram adjudicadas as concessões e os bancos ligados aos consórcios. O TC recusou o visto prévio aos contratos de cinco concessões rodoviárias – Auto-Estrada Transmontana, Douro Interior, Baixo Alentejo, Algarve Litoral e Litoral Oeste -, mas a EP já recorreu da decisão.