O jornalista espanhol Agustín Remesal recebe, amanhã, na Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço 2006. Instituído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), o galardão, no valor de 10 mil euros, já vai na segunda edição. O júri foi unânime em premiar o actual correspondente da TVE em Jerusalém, porque «grande parte da sua actividade jornalística esteve centrada no estudo e divulgação de todos os aspectos fronteiriços entre Espanha e Portugal», disse Enrique Battaner Arias.
Do seu trabalho, o reitor da Universidade de Salamanca, que presidiu ao júri, destacou o documentário “La Raya Quebrada” e sublinhou que a escolha de Agustín Remesal simboliza «que todo o tipo de comunicação, em particular a jornalística, é importantíssima nas relações luso-espanholas». O mesmo entende o reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos, para quem o antigo correspondente em Lisboa era «a personalidade adequada para receber este prémio». Agustín Remesal nasceu em Zamora, é licenciado em Ciências Políticas e Ciências da Informação e autor de vários livros e ensaios sobre temas de jornalismo e História. Dos seus inúmeros trabalhos, o destaque vai para “La Raya Quebrada”, um documentário de referência que obteve elevados índices de audiência em ambos os países.
Atribuído pela primeira vez, em 2004, à professora universitária Maria Helena da Rocha Pereira, o Prémio Eduardo Lourenço pretende distinguir personalidades ou instituições de língua portuguesa ou língua espanhola que tenham demonstrado intervenção relevante e inovadora na cooperação transfronteiriça e na promoção da identidade e da cultura das comunidades ibéricas. O júri da edição deste ano, que reuniu na Guarda na passada quarta-feira, foi formado pelos reitores Henrique Battaner Arias, Fernando Seabra Santos e o presidente da Câmara da Guarda Joaquim Valente. Para além dos professores Fernando Catroga e Jaime Couto Ferreira (Universidade de Coimbra) e Valentín Cabero Diéguez (Universidade de Salamanca). Como convidados participaram na votação Diego Carcedo e António Colinas (Espanha) e José Manuel Mendes (Portugal).
