P-A Covifeira é o certame mais importante da Anil?
R-A Covifeira é a pioneira das feiras, porque temos outros eventos igualmente importantes para o concelho e para a região. São mais valias que, na minha opinião, contribuem para o desenvolvimento dos vários sectores. É a 16ª edição, que surgiu muito antes do pavilhão da Anil, mas também o Salão Automóvel e a Casa Jardim já vão para a sua 13ª edição. A grande diferença é que enquanto as outras são sectoriais e específicas, a Covifeira surge como uma feira de actividades económicas e daí haver uma grande variedade de empresas, serviços ou instituições, porque se pretende que sejam um pouco o espelho do concelho e da região.
P-Como correu esta edição da Covifeira?
R-Pelos números que temos (cerca de 12 mil pessoas), o balanço desta edição é muito positivo e conseguimos ultrapassar algumas situações mais críticas em relação ao ano passado. Houve situações que no ano transacto foram apontadas como menos boas, nomeadamente a separação dos espectáculos, e que este ano foram revistas. Tentamos concentrar mais as coisas, quer em relação ao número de dias da feira, quer em relançar o próprio exterior e fazer o elo de ligação com o interior. No ano passado isso não aconteceu pois os espectáculos realizaram-se nas traseiras do pavilhão e isso afectou de alguma forma a feira. Portanto, tentamos concentrar e trazer novos atractivos como desportos radicais e o Pele Park, além dos próprios expositores que se encontram no interior e exterior do pavilhão.
P-Porquê a redução da Covifeira para quatro dias, quando antigamente era um certame que se prolongava durante uma semana?
R-A Covifeira tem uma componente lúdica, que são os espectáculos. Para isso, é preciso que haja disponibilidade financeira para suportar uma semana inteira de espectáculos. Tentamos concentrar mais as coisas, dando-lhe mais variedade, e isso só era possível se reduzíssemos o número de dias. Além disso, se estivéssemos durante uma semana, as pessoas ter-se-iam dividido ainda mais e assim houve uma afluência quase constante.
P-Mas esta redução não impediu a presença de alguns expositores, tendo em conta que muitos demorariam mais dias a montar os stands do que expor os produtos no certame?
R-Estamos a lidar com um universo de quase cem empresas, pelo que é muito difícil haver um consenso e unanimidade quanto as várias situações. Já ouvi na feira comentários de que a nossa redução foi um bocadinho drástica, que deveríamos ter incluído talvez mais um dia, mas também houve expositores que disseram que era muito cansativo e que quatro dias eram suficientes. Temos que encontrar aqui um meio-termo e considerar a possibilidade de incluir para o ano mais um dia ou dois, mas creio que não é uma condição fundamental.
P-Com 16 anos de existência, o que era necessário mudar na Covifeira?
R-Precisávamos de mais espaço. Este é um problema que a Anil vem tendo e com a Feira de S. Tiago mesmo ao lado tivemos que contornar um bocadinho o problema do estacionamento dos expositores, para não falar do dos visitantes. Tivemos que alterar o parque de estacionamento para um local mais distante para criar toda a sinergia à volta do pavilhão. Precisávamos de um espaço físico maior para trazer outras situações que não são possíveis nestas condições, até para a feira crescer ainda mais.
P-E como está o processo de ampliação do Pavilhão da Anil?
R-Esses processos são sempre muito morosos porque envolve grandes esforços financeiros e creio que são situações que a própria direcção da Anil terá que ponderar em colaboração com a Câmara, que tem manifestado essa vontade. São coisas que demoram o seu tempo e temos que aguardar com serenidade para que na altura própria ele surja.
P-Que feiras ou certames gostaria de realizar neste espaço?
R-Estamos agora a programar com a Universidade da Beira Interior e o núcleo de informática uma feira ao nível das novas tecnologias para Outubro. Pessoalmente, gostaria de realizar um evento ligado à criança, mas isso teria que resultar de um esforço conjunto entre várias entidades e empresas. Não seria propriamente uma feira, mas um evento ligado à criança com parques infantis, um espaço de sinergias de serviços e produtos ligados a essa faixa etária e que poderia acontecer no Dia Mundial da Criança. Espero que um dia possamos ter condições, mas isso teria que envolver vários organismos e patrocinadores, pois há sempre a questão financeira.