Mesmo sem estar identificada como praia fluvial, a Ribeira do Paúl é um local bastante frequentado nesta altura do ano. Sem estruturas de apoio nem qualquer alteração à natureza que envolve aquele riacho, que há dois anos tem visto diminuir o seu caudal, a ribeira do Paúl já devia estar preparada para receber os muitos habitantes e emigrantes que enchem as suas margens. Alguns chegam mesmo a acampar.
Os projectos são muitos e a ideia de aproveitamento da ribeira já é antiga, mas ainda não é neste mandato que vai ser levado avante. Leonor Cipriano, secretária da junta de freguesia, confessa que havia um projecto para a zona do Laranjal, junto à ponte que atravessa a vila, mas «com a contenção financeira tivemos que fazer prioridades». A descida do caudal desde há dois anos, também ajudou a junta a abandonar a ideia que envolvia um parque de merendas e um de campismo, no entanto a intenção «mantém-se», garante Leonor Cipriano, para quem aquela ribeira é um «bem» que «tem que ser explorado desde o norte ao sul da freguesia».
Ainda este ano a junta tentou viabilizar a área do Laranjal, mas a água «era pouca» e a autarquia acabou por destancar a água, porque «visualmente não era bonito», explica Leonor Cipriano. Quanto à qualidade daquelas águas, nada garante que seja boa, já que nem a ETAR de Unhais da Serra nem a do Paúl estão a funcionar. No entanto, a secretária da junta adianta que a Câmara da Covilhã já entregou a requalificação da estrutura paulense a uma empresa privada.
