A praia fluvial de Loriga (Seia) é a única da região distinguida este ano pela Quercus com o símbolo da qualidade máxima das suas águas e infraestruturas. No Verão passado eram três, mas Valhelhas (Guarda) e o Vale do Rossim (Gouveia) não viram renovado o galardão de ouro.
Loriga consegue este reconhecimento há quatro anos consecutivos. Tal como nos anos anteriores, a associação ambientalista pegou nas análises feitas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e concluiu que mais de metade – 314 em 569 zonas balneares oficiais – têm água de excelente qualidade. Destas, 26 são praias interiores e cinco de transição. Porém, pela primeira vez numa década de atribuição do galardão de Ouro, a lista entrou em curva descendente, já que 41 praias perderam a “medalha”. A Quercus é responsável pelo projeto “Praias com Qualidade de Ouro”, que atribui esta distinção com base nas análises recolhidas pela APA durante a última época balnear e nos cinco anos anteriores, e define parâmetros limite para as concentrações de Enterococos intestinais e de Escherichia coli por 100 mililitros de água.
São critérios mais rigorosos que a lista de excelência da APA, que só tem em conta as análises do último ano e por isso define que, em 2015, 84,5 por cento das zonas balneares portuguesas são de excelente qualidade. Porém, lembra Francisco Ferreira, presidente da Quercus, «também em 2015 a lista da APA caiu 6,5 pontos, de 91 por cento de águas balneares excelentes, em 2014, para 84,5 por cento este ano». A lista da Quercus também nem sempre coincide com a da Associação Bandeira Azul, pois este galardão tem em conta outros critérios além da qualidade da água das praias, tais como as acessibilidades, a limpeza do areal, as condições oferecidas pelos apoios de praias, a vigilância ou as atividades de educação ambiental propostas pelas praias que se candidatam. Neste caso, a Bandeira Azul será brevemente hasteada em Loriga e Valhelhas, ambas geridas pelas respetivas Juntas de Freguesia e onde a época balnear vai começar a 1 de julho.