Inicialmente prevista para 2012, a abertura da Pousada da Serra da Estrela deverá ocorrer no próximo Verão. As obras de recuperação do antigo Sanatório dos Ferroviários, na Covilhã, estão praticamente concluídas e o prazo de execução da empreitada de 418 dias, cerca de 14 meses, já expirou há vários meses.
O INTERIOR solicitou informações junto da Enatur e a Empresa Nacional de Turismo respondeu, através da sua secretária de administração, que a abertura da unidade «está prevista para meados de 2013». A funcionária esclareceu ainda que falta concluir «trabalhos de especialidades, montagem de equipamentos, acabamentos e arranjos exteriores». No seu site, a Enatur reforça que o projeto, que «deverá ficar concluído durante o primeiro semestre» deste ano, faz parte do programa de expansão da empresa «que consta do contrato de cessão de exploração da rede de Pousadas assinado com a atual cessionária em 2003». A empreitada foi adjudicada à Soares da Costa por 13 milhões de euros e consiste na conversão, em estabelecimento hoteleiro, do antigo Sanatório dos Ferroviários, abandonado há vários anos e em avançado estado de degradação.
O investimento total na futura Pousada da Serra da Estrela, incluindo equipamento, ronda os 19,6 milhões de euros, financiados em 70 por cento pelo Programa Operacional Temático Valorização do Território, no âmbito do QREN. A unidade terá quatro estrelas e 92 quartos. O projeto de reconversão é do conceituado arquiteto Souto Moura. Entre as principais valências da Pousada contam-se uma zona de SPA, suite presidencial no quinto piso, restaurante, bar, zonas de animação e lazer e piscina. A frontaria original do antigo sanatório mantém-se. O edifício, projetado por Cottineli Telmo (1897-1948) e construído nos anos 30, está abandonado desde a década de 80, tendo sido reconhecido como de relevante valor histórico e cultural pela Direção-Geral de Turismo em 1996. Inaugurado a 11 de novembro de 1944, o antigo Sanatório dos Ferroviários, situado a cerca de cinco quilómetros da Covilhã e a 1.200 metros de altitude.
Ricardo Cordeiro