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Pouca afluência na reabertura do Cine-Estúdio Oppidana

Preços mais acessíveis parecem ser o maior trunfo da sala guardense em relação à concorrência regional

Após um ano de encerramento, o Cine-Estúdio Oppidana reabriu portas na última quarta-feira, na Guarda, com o filme “O Labirinto do Fauno”. No entanto, apesar do som, imagem e espaço terem sido renovados, a sala esteve longe de encher na primeira noite, não se registando sequer meia casa, talvez porque a película já estreou em Portugal há mais de um mês ou por desconhecimento da população.

Apesar de poucos, quem escolheu a sessão de reabertura para ir ao cinema saudou o regresso ao activo do Oppidana, bem como o reduzido preço dos bilhetes. «Era algo que estava em falta, pois não havendo na cidade muitos espaços para passar o tempo, é uma maneira de nos divertirmos mais um bocado», afirmou Nelson Figueiredo, acompanhado de dois amigos. Enquanto a sala esteve fechada o jovem optou por ir à Covilhã, mas agora já não pensa voltar lá com tanta frequência, até porque «aqui o preço é mais acessível», considera. Já Beatriz Pestana garante que a reabertura do cinema é «excelente»: «Fiquei muito desiludida quando encerrou, pois gosto muito de ver filmes no cinema e, para tal, tinha que me deslocar a outras cidades, o que acarretava uma grande despesa», refere. Quanto ao facto de não haver estreias nacionais no Cine-Estúdio, dado ser uma sala independente das distribuidoras, revela não estar «nada incomodada».

A mesma opinião é partilhada por Elsa Miragaia, para quem o facto das sessões de cinema estarem «mais baratas» na Guarda sobrepõe-se à grande improbabilidade de haver estreias nacionais. «Apenas quem faz mesmo questão de ver uma estreia irá a outros locais da região», admite. Quem lamenta a ausência de filmes mais actuais é Tiago Oliveira: «As pessoas vão continuar a deslocar-se à Covilhã ou a Viseu para ver as grandes estreias e isso não é uma boa opção», adianta, mostrando-se, por outro lado, mais favorável à opção das sessões acontecerem apenas de quarta a domingo. «É justo, pois não há assim tantos adeptos de cinema na cidade que justifiquem sessões diárias», conclui. Segundo dados da CulturGuarda, que assumiu a gestão da sala, o Cine-Estúdio registou 31 espectadores no primeiro dia de exibição de “O Labirinto do Fauno”, 20 na quinta-feira, 40 na sexta, 35 no sábado e 23 no domingo. No total, 149 pessoas viram o filme de Guillermo del Toro. Isto é, a assistência contabilizada nestes cinco dias deixaria muitas cadeiras vagas numa sala com 265 lugares. Os responsáveis da CulturGuarda remeteram para o final do mês um primeiro balanço do Oppidana. Entretanto, desde ontem que está em cartaz o filme “Cartas de Iwo Jima”, realizado por Clint Eastwood.

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