À semelhança do que sucede com as maternidades, continua a incerteza quanto ao futuro dos Intercidades para as Beiras Alta e Baixa. O jornal “Público”que já tinha dado como certo o fim daquele serviço a 5 de Abril, voltou na última segunda-feira a garantir que os Intercidades vão mesmo deixar de servir a região. Contudo, tal como já tinha afirmado a “O Interior”, a CP voltou a negar esta informação. Este foi um assunto que não passou incólume na última reunião da Assembleia da Guarda, onde foi aprovada uma proposta do deputado socialista António Saraiva que elaborou uma exposição a enviar para o presidente da CP «para que este se digne informar a AM sobre o que pensa fazer sobre isto», sublinhou. Da missiva será ainda dado conhecimento ao Primeiro-Ministro, Ministro das Obras Públicas e Assembleias Municipais dos concelhos em que passam os Intercidades das Linhas da Beira Alta e Baixa. Entretanto, numa resposta escrita a algumas questões colocadas pela agência Lusa, a CP refere que «não vai acabar com os comboios directos das Beiras», acrescentando que «o serviço Intercidades mantém-se, para ambos os destinos», sem adiantar mais pormenores. Resposta idêntica já tinha sido transmitida a “O Interior” por Valdemar Abreu, assessor de imprensa da CP, que assegurou que a operadora «não está a equacionar a extinção do serviço Intercidades nas linhas referidas». De acordo com o “Público”, a Covilhã será a «cidade que mais fica a perder», pois se actualmente dispõe de quatro comboios directos a Santa Polónia, caso os Intercidades acabem mesmo quem quiser ir até Lisboa por via ferroviária «terá de apanhar três comboios: um da Covilhã para Castelo Branco, outro desta cidade para o Entroncamento e, por fim, um terceiro até Lisboa», explica aquele diário. Segundo o “Público”, a CP vai acabar com os Intercidades para as Beira Alta e Beira Baixa para os substituir por automotoras eléctricas que são menos confortáveis e menos rápidas, numa medida que visa «reduzir os custos operacionais» da CP-Longo Curso.