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Portugal «vive num regime de promessas a crédito»

O presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) afirmou, no Fundão, que Portugal «vive num regime de promessas a crédito», o que «põe em causa o atual modelo social e transfere a responsabilidade para as gerações vindouras».

Segundo Vítor Bento, «a geração dos 30 a 40 anos tem sobre si uma desproporção entre as obrigações que lhe são exigidas e os direitos que vão usufruir». O economista foi o orador convidado da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, para proferir uma palestra no âmbito dos 40 anos da organização, promovida pelo Núcleo da Beira Baixa, sobre “O modelo social e as finanças públicas”. Na sua intervenção, Vítor Bento lembrou que «o desenho do atual modelo social foi feito com base numa demografia favorável, ou seja, com uma população jovem e dinâmica e uma economia em desenvolvimento», o que «levou a que fosse alargado o leque dos direitos sociais».

O presidente da SIBS defende, por isso, «a renegociação do modelo social para que este se torne sustentável, não baseado apenas na distribuição, mas também na produção de riqueza». Apesar de reconhecer que, no imediato, «para serem assegurados os direitos aos beneficiários, ou as contribuições aumentam ou os benefícios dos dependentes descem».

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