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Portugal e Espanha reforçam CCPA de Vilar Formoso

Governos sublinharam na última Cimeira Ibérica que a cooperação policial luso-espanhola alcançou nos últimos anos «um alto nível»

Portugal e Espanha vão elaborar um projeto conjunto para melhorar as instalações do Centro de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA) de Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro.

A decisão foi tomada na última Cimeira Ibérica, realizada na semana passada em Vila Real, e consiste na reabilitação do edifício onde funciona aquele serviço na zona da fronteira com fundos comunitários. Este acordo faz parte de um compromisso mais amplo entre estre as autoridades dos dois países para impulsionar o trabalho dos cinco Centros de Cooperação existentes em Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro, Valença do Minho/Tui, Quintanilla/Alcanizes, Elvas/Caia e Castro Marim/Ayamonte. Em Vila Real, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e o ministro do Interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, consideraram que os CCPA consolidaram-se como «excelentes instrumentos» para a troca de informação policial entre os dois países e de investigação transfronteiriça, tendo adquirido «grande importância» a nível europeu.

Nesse sentido, o acordo saído da Cimeira Ibérica destina-se a «impulsionar» estes Centros de Cooperação, melhorando a partilha de informação e apoiando as forças de segurança luso-espanholas na investigação e controlo das fronteiras. Portugal e Espanha decidiram otimizar o seu funcionamento e acordaram utilizar a ferramenta SIENA, de intercâmbio seguro de informação, oferecida pela Europol para melhorar a troca de informações. Os governos ibéricos sublinham que a cooperação policial luso-espanhola alcançou nos últimos anos «um alto nível», tanto na luta contra o terrorismo, o tráfico de droga e o crime organizado, mas também na formação policia e na «excelente participação conjunta» em operações de prevenção e repressão da criminalidade fronteiriça. Recorde-se que o Governo português decidiu recentemente encerrar os CCPA no período pós-laboral, sendo que o seu funcionamento vai ser objeto de uma «análise detalhada» pelas autoridades luso-espanholas.

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