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Portagens tiram 6 mil carros por dia à A25 e A23

Segundo relatório do Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias (INIR) sobre o quarto trimestre de 2011

A A23 foi a segunda antiga SCUT mais afetada pela introdução de portagens. De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Infraestruturas Rodoviárias (INIR) relativo ao quarto trimestre de 2011, a autoestrada da Beira Interior teve um quebra do tráfego de 30,9 por cento em dezembro passado. Na A22, a Via do Infante, a redução foi de 48,4 por cento.

Na nossa região, a A23 e A25, portajadas desde 8 de dezembro, perderam quase seis mil viaturas por dia no último mês de 2011. Na primeira, concessionada à Scutvias, o Tráfego Médio Diário (TMD) passou de 11.489 para 7.942 viaturas (menos 3.547) após o início da cobrança. Contudo, o relatório do INIR revela que a quebra já se tinha acentuado anteriormente, com menos 10,9 por cento do tráfego em outubro (face ao mesmo mês de 2010) e em novembro, com menos 14,3 por cento. Na autoestrada das Beiras Litoral e Alta, da Ascendi, o último mês de 2011 contabilizou um TMD de 10.861 face às 13.241 viaturas de 2010. O que significa uma quebra homóloga de 18 por cento. Apesar de perder 2.380 viaturas por dia em dezembro, a descida na circulação nesta via também se verificou em outubro (menos 8 por cento) e em novembro (menos 13,1 por cento). Dentro de algumas semanas serão conhecidos os dados relativos ao primeiro trimestre de 2012, que também deverão confirmar estas quebras.

Segundo o relatório do INIR, as quatro últimas SCUT portajadas em dezembro (A22, A23, A24 e A25) perderam quase 14 mil viaturas (13.990) por dia nesse mês. A mais afetada é foi a Via do Infante, onde circularam menos 6.528 viaturas comparativamente a dezembro de 2010 (12.639), o equivalente a a redução de 48,4 por cento. Contudo, tal como nas restantes concessões, esta quebra agravou-se também em outubro (menos 12,5 por cento) e novembro (menos 16,5 por cento). Na A24 (Interior Norte), dezembro representou uma quebra no movimento diário de 29,6 por cento, com um total de apenas 4.641 viaturas. Ou seja, menos 1.952 viaturas. Um tendência que já se tinha registado em outubro (menos 12,2 por cento) e novembro (menos 15 por cento). Mas não se pensa que esta situação significa prejuízos para as concessionárias. O semanário “Sol” avançou na sua última edição que o Governo aumentou a rentabilidade das empresas que exploram as ex-SCUT do Algarve e da Beira Interior, detidas em maioria pela espanhola Cintra e pela portuguesa Soares da Costa, respetivamente.

Segundo o jornal, que cita o relatório da comissão de negociação para a introdução de portagens naquelas vias, as taxas internas de rentabilidade (TIR) acionistas subiram de 13,03 para 13,97 por cento na autoestrada da Beira Interior e de 7,72 para 8,62 por cento no Algarve. O “Sol” refere que a comissão, nomeada pelo anterior Governo e mantida pelo atual, justificou a subida com a alteração «da matriz de riscos assumidos pelas empresas privadas responsáveis pela concessão» e por considerar que as taxas de rentabilidade inscritas nos contratos originais estavam mal calculadas.

Luis Martins Antigas SCUT na região perderam tráfego nos últimos meses de 2011, mas a quebra foi mais expressiva em dezembro

Comentários dos nossos leitores
antonio vasco saraiva da silva vascosil@live.com.pt
Comentário:
Vergonha das vergonhas! O que fazer para acabar de vez com isto? Vocês não vêm que com assinaturas não vamos lá, com pés leves não chegamos a nenhum lado. Se ninguém pagar, eles vão ter de mudar as coisas, mas temos sempre quem fuja à regra e por isso teremos de continuar a pagar.
 

Portagens tiram 6 mil carros por dia à A25 e A23

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