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Pontaria desafinada

Sporting da Covilhã, muito perdulário, perdeu dois pontos frente à Sanjoanense

O Sporting da Covilhã apresentou-se moralizado na recepção à Sanjoanense, fruto da vitória clara conseguida nas Caldas da Rainha, e procurou o golo desde o início. A primeira oportunidade surgiu aos 12’. A jogada foi perfeita, a baliza estava à mercê, mas o esférico embateu no poste. Logo a seguir foi a vez de Piguita tentar abrir o activo, só que Bruno defendeu bem.

O golo adivinhava-se e acabou por surgir à passagem dos 20’. Grande jogada entre Luizinho e Káká, que cruzou para a pequena área onde Oliveira concretizou. O Covilhã recuou então um pouco e deixou que a Sanjoanense tomasse conta da partida, procurando ampliar a vantagem em lances de contra-ataque, o que só não aconteceu por falta de pontaria dos covilhanenses, para desespero do público. No segundo tempo, os locais entraram a mandar e, aos 48’, dispuseram de mais uma oportunidade, numa jogada de entendimento entre Kaká e Cláudio. A bola chegou a Tarantini em perfeitas condições, mas o remate saiu ao lado. Nesta fase as jogadas de perigo e as situações de golo sucediam-se, mas Tarantini e Luizinho estavam em tarde não e, por vezes, atrapalhavam-se mutuamente. A um quarto de hora do final do encontro surgiu um lance que demonstrou a ineficácia dos serranos. Luizinho fez tudo bem, mas com a baliza à sua mercê, preferiu passar para trás sem qualquer efeito.

A Sanjoanense começou então a criar perigo junto à baliza de Luís Miguel e acabou por empatar a quatro minutos do fim, por Marco António, numa jogada em que se antecipou a toda a defesa serrana. Feita igualdade, o Covilhã já não conseguiu criar lances de perigo, enquanto o seu guarda-redes passou por muitas dificuldades. Aos 90’, Quim Pedro apareceu sozinho na área, mas rematou ao lado. Três minutos depois, foi Luís Miguel quem evitou a derrota do Covilhã, que só se pode queixar de si própria por ter perdido dois pontos num encontro onde faltou finalizar as muitas jogadas de golo criadas. No final, Fanã considerou que o Sporting teria sido o «justo vencedor deste jogo pelo que fez ao longo de 70 minutos, mas os jogadores recuaram na parte final sem que eu tivesse dado qualquer indicação para tal».

Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã

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