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Políticas de saldo

MENTIRIORIDADES

Temos sentido nestes últimos tempos, a grave crise que o país atravessa, sinais desse acometimento são os saldos (perdão, as promoções), dizem os especialistas em assuntos económicos, que este é um dos sinais claros das dificuldades que hoje em dia atravessamos. Por arrastamento este sintoma está também a alastrar à politica local, ou não estivéssemos próximos das eleições para as autarquias. Ficamos sem saber se falamos de saldos ou de promoções, neste caso, não houve ainda nenhum Governo desta Nação que decretasse datas para o início e fim de saldo das políticas ou melhor das politiquices. A verdade é uma, chegamos à altura do vale tudo, para se ganhar uma Câmara tudo vai servir. Por exemplo provocar brigas entre candidaturas. Ou então, começar já a ameaçar elementos da candidatura adversária, questionando-os se eles já sabem o que vão fazer depois de Outubro. Ou, ainda abusarem da adversidade alheia – e com uma lágrima nos olhos e um semblante muito triste – garantirem a solução rápida de todos os seus problemas, interferindo inclusivamente no bom funcionamento de instituições credíveis, como se fossem estes politiqueiros, donos, ou melhor, sócios destas. Isto, naturalmente, sem pensarem em qualquer retorno eleitoral, pois está claro é apenas e só puro altruísmo, pura solidariedade. Longe de mim – e de qualquer outra pessoa – pensar que isto são actos de pura gestão eleitoralista.

É verdade que, temos candidatos persuasivos e de enorme influência principalmente junto de algumas instituições estatais, como por exemplo um postulante que em determinada altura tomou a iniciativa – sem qualquer fim político, naturalmente – de tomar a seu cargo, a resolução de uma dificuldade que determinado personagem tinha para garantir o seu lugar numa determinada instituição. Foi vê-lo a entrar por ali a dentro, dirigindo-se ao “chefe” actual – aquele que substituiu o anterior; o anterior que já tinha substituído o anterior e, o anterior que já tinha substituído o anterior (o melhor é multiplicarem os anteriores pelo número de governos que já teve este país), pedindo ao actual “chefe” a sua intervenção solidária para a solução rápida deste assunto. Digo e afirmo: solidária. Pois neste caso, esta personagem virtual nem sequer perfilhava das mesmas convicções politicas, deste influente cidadão. Disse, perfilhava – passado – hoje perfilha – presente. Só posso, ou melhor só podemos entender estas atitudes como “novas” – usadas e repetidas – dinâmicas para servir o povo. Ou então criar activas politicas familiares como por exemplo, convidar o cônjuge de um candidato, para que este também seja candidato, assim; as hipóteses de ter um vencedor em casa duplicam, a isto chama-se perspicácia politica. É desta gente dinâmica e inovadora que as nossas autarquias precisam para se renovarem. Tenho, e muito respeitosamente, que aplaudir os “donos dos templos” que muito selectivamente escolheram e indicaram tão ilustres personalidades para dirigirem o futuro dos munícipes. Estaremos bem entregues.

Por: José Parcerias

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