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Polémica entre Clube Escape Livre e PSD

Presidente da colectividade foi à reunião de Câmara na Guarda contestar os reparos feitos pelos vereadores da oposição

A última reunião pública do executivo da Câmara da Guarda de 2008, realizada na passada quarta-feira, ficou marcada por fortes críticas do presidente do Clube Escape Livre aos vereadores da oposição, cujos reparos à atribuição de subsídios àquela colectividade não agradaram a Luís Celínio.

«Não abrimos aqui uma guerra contra o PSD», «pessoas que, por baixo de uma sigla partidária, procuram protagonismo» e «vereadores que nada de positivo fizeram pela Guarda até hoje» foram algumas das afirmações proferidas por Luís Celínio, protagonista de uma longa intervenção. O responsável garante que o Escape Livre «faz mais actividades que todos os outros» e que «leva o nome da Guarda longe como mais nenhuma outra associação faz», indicando que o Clube tem apenas 4,75 por cento de apoios locais e que «há Câmaras da região que pagam duas a três vezes mais que a da Guarda». Disse ainda não entender a razão por que os vereadores do PSD consideram que o clube é «autofinanciável» e que uma associação, «por mais dinâmica que seja, não precise de apoio institucional, até por uma questão de incentivo». Luís Celínio reforçou que, «até ao dia de hoje, nunca tivemos conhecimento de que um vereador do PSD pusesse em causa o apoio da Câmara ao Clube», que classifica de «importante e imprescindível».

Na resposta, Rui Quinaz considerou a intervenção do presidente do Escape Livre de «absolutamente deplorável», referindo que proferiu afirmações «incorrectas, abusivas, despropositadas e faltando ao respeito às pessoas, o que é inadmissível». O vereador social-democrata sublinhou que o Escape Livre tem feito «uma acção inestimável pelo turismo e pelo desporto automóvel também fez bastante», lembrando que o que esteve em causa na sessão de Câmara anterior foi uma transferência de verbas «que os vereadores até votaram favoravelmente». Também Ana Fonseca, a outra eleita do PSD para o executivo, tomou a palavra para dizer que «em nenhum momento foi feito um ataque ao Escape Livre» e assumir que não está «à procura de protagonismo» nem quer «holofotes». De resto, a vereadora lamentou o tom «agressivo e até insultuoso» da intervenção de Luís Celíneo.

Sobre este assunto, o presidente do município assegurou que o Clube Escape Livre é «um parceiro incontornável na promoção do distrito pelo país», dizendo mesmo não conhecer «nenhuma entidade que tenha feito tanto pelo turismo», pelo que o município vai continuar «a apoiar as suas actividades sem qualquer tipo de constrangimento». Joaquim Valente congratulou-se ainda pela atribuição da bandeira de ouro à autarquia pela Associação Portuguesa de Planeadores, salientando que o centro cívico da Guarda passou a ser «um espaço sem barreiras para todos». O autarca reconhece que «ainda é possível melhorar mais e intervir numa área maior», salientando que «é importante estarmos disponíveis para fazer este esforço de criarmos melhores condições de mobilidade». O edil também se pronunciou sobre os últimos despedimentos na fábrica da Dura Automotive, em Vila Cortês do Mondego. Reconhecendo que o caso «é uma preocupação», Valente mostrou-se no entanto esperançado que, tal como sucedeu há alguns meses com o fim da “lay off” devido ao aumento das encomendas, «esta situação também não seja definitiva e que [os funcionários] possam novamente retomar o seu posto de trabalho».

Ricardo Cordeiro Luís Celínio, à direita, não poupou os vereadores do PSD

Comentários dos nossos leitores
Pedro pdinis.dinis@gmail.com
Comentário:
O Escape Livre recebe dinheiro de todos os lados e ainda ficam zangados se alguém pergunta alguma coisa! Estão muito mal habituados. O dinheiro público não pode continuar a ser distriuído desta forma. Com tanto subsidio pago durante tantos anos, onde estão os resultados do investimento? Não existem… porque ninguém ganha nada com as jantaradas do clube, só os próprios e os amigos. Não há interesse público, há interesse privado, e de que maneira. Mas ninguém pode dizer nada…
 

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