Olha a Guarda se atalaia
Num poema de granito
Mira a serra mira a raia
Mede longe o infinito
Prima cantiga de rima
Se Sancho amigo. Porém
A Guarda vê mais acima
A Guarda vê mais além
E quando busco um arrino
Pr’aquilo que sinto e penso
Subo à Guarda e lá no cimo
Leio Eduardo Lourenço
Portugal assim s’enquadra
Neste povo altivo e duro
Pode a cidade da Guarda
Aguardar seu bem futuro
Pode esculpir o devir
O Zénite e o Nadir
Pode Compor o Alvor
Num rasgo d’anjo ou d’açor
Portugal assim é quem
Nesta cidade sublika
Aquel’ que vê mais acima
O que olha mais além
(Poema de Vasco Pereira da Costa escrito na performance poético-plástico-sonora realizada no Paço da Cultura, no dia 14, e musicada pelo cantautor Carlos Alberto Moniz)