A Câmara de Seia aprovou, na semana passada, um Plano e Orçamento de 53 milhões de euros para 2006 com os votos contra dos dois vereadores do PSD. Num ano considerado de fim do ciclo do saneamento básico, o município assume como prioridade a criação de emprego no concelho, através de medidas específicas para atrair novos investimentos e postos de trabalho. Segundo a autarquia, algumas das soluções elencadas prendem-se com os apoios a conceder, em parceria com o IEFP, às empresas que pretendam contratar jovens licenciados oriundos do concelho. Por outro lado, destacam-se novos incentivos à produção de produtos regionais de qualidade e à sua comercialização. A Acção Social, que tem a maior dotação financeira deste Orçamento, é outra área prioritária, com o objectivo de minorar as dificuldades que afectam os grupos sociais mais fragilizados.
A criação de um Gabinete de Apoio à Família é um dos projectos anunciados e destina-se a intervenções nas áreas do ensino, saúde, habitação, pobreza e na prevenção e combate de outras formas de exclusão social, em conjunto com as IPSS, Segurança Social e outros parceiros. O Orçamento é ainda marcado por uma aposta na valorização dos recursos naturais (água e floresta), num ano em que a autarquia prevê concluir grande parte dos investimentos efectuados nas estações de tratamento e planos de despoluição dos principais cursos de água. No preâmbulo deste documento, Eduardo Brito assume um «cenário de confiança», tanto mais que a Câmara vai estar preparada, «com uma boa carteira de projectos, já contemplada nas Opções do Plano», para o próximo Quadro Comunitário de Apoio (2007-2013). Contudo, recorda que estes documentos de gestão acontecem num tempo de grandes dificuldades para todos: «É preciso fazer mais com menos. O momento é difícil, mas estamos seguros que, com confiança e determinação, vamos de novo ultrapassar as dificuldades e concretizar os nossos objectivos», desafia o autarca.