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PJ indicia António Caetano por peculato

Ex-autarca de Celorico da Beira sucedeu a Júlio Santos na Câmara em 2002

A Polícia Judiciária (PJ) da Guarda anunciou, esta semana, ter remetido ao Ministério Público, com proposta de acusação, um inquérito por crime de peculato alegadamente imputado ao ex-autarca de Celorico da Beira, António Caetano.

Em comunicado, o Departamento de Investigação Criminal (DIC) adianta, sem mais pormenores, terem sido recolhidos elementos de prova que «indiciam fortemente que um ex-autarca do distrito da Guarda, no exercício de funções e por causa delas, enriqueceu com bens pertencentes à autarquia, que lhe eram acessíveis em função do cargo que desempenhava». Ao que O INTERIOR conseguiu apurar, o caso terá a ver com situações e negócios denunciados por particulares e a própria autarquia que terão ocorrido na empresa municipal de Celorico da Beira (EMCEL) e na Câmara durante o seu mandato.

António Caetano, que esteve incontactável por estes dias, assumiu a presidência do município em 2002 após Júlio Santos – eleito MPT em 2001 e pelo PS em 1997 – ter deixado o lugar por ter sido acusado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra de corrupção e peculato, entre outros crimes. O engenheiro cumpria o seu segundo mandato como vereador e era vice-presidente da Câmara na altura da demissão do polémico presidente. Nas autárquicas de 2005, António Caetano concorreu pelo PSD, mas perdeu para o actual presidente, o socialista José Monteiro.

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