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PJ deteve falsos funcionários da Segurança Social

A Polícia Judiciária da Guarda espera ter posto fim a uma verdadeira onda de assaltos a idosos em locais ermos, ao deter, no final da semana passada, um casal suspeito da presumível prática, de forma reiterada, de diversos crimes de roubo e sequestro. Presentes a tribunal, o juiz aplicou-lhes a medida de coacção de prisão preventiva.

O Departamento de Investigação Criminal (DIC) estava no seu encalce há alguns meses, após ter identificado o modo de actuação, pois os detidos faziam-se quase sempre passar por funcionários da Segurança Social, entravam na residência das vítimas, obrigavam-nas a entregarem-lhes os valores que possuíam e não hesitavam a empregar alguma violência. «Esperamos que esta operação venha dar alguma tranquilidade às pessoas, pois a situação estava a ter alguma repercussão social, sobretudo entre a população mais idosa», disse o coordenador da PJ. Mário Bento adiantou que os detidos são naturais da zona da Guarda e não exclui a possibilidade de haver mais detenções nos próximos tempos. Mas a Judiciária também suspeita que o casal possa ter actuado fora do distrito, onde estarão referenciados mais de uma dezena de casos: «Estamos em contacto com outros departamentos para fazermos uma compilação de todas as situações cujo modus operandi era semelhante, para vermos qual é a área de actuação e as “nuances” que o casal utilizava conforme as situações», refere.

De resto, Mário Bento acredita que poderá ter havido mais assaltos similares no distrito. «Tínhamos detectado situações deste tipo há sete, oito meses atrás, mas é provável que haja casos anteriores», admite. A investigação foi despoletada após a GNR ter recebido várias queixas de assaltos a pessoas que moravam em locais ermos e com pouca capacidade de reacção. Conforme noticiou “O Interior” em Novembro, as últimas situações terão acontecido em Valongo do Côa, no concelho do Sabugal, e no Minhocal (Celorico da Beira). Na primeira localidade, o casal furtou entre 80 a 90 euros, possivelmente o único montante que as vítimas teriam em casa. No segundo caso, os assaltantes “visitaram” a vítima por duas vezes, tendo levado dois euros na primeira tentativa. Mas à segunda roubaram mais 80 euros. Contudo, como o idoso os reconheceu e terá gritado a pedir ajuda, foi agredido e ameaçado pelos ladrões, tendo recebido tratamento hospitalar.

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