A Polícia Judiciária da Guarda identificou e deteve na semana passada um homem, de 42 anos, desempregado e residente em Vigo (Espanha), por suspeitas de autoria de diversas burlas relacionadas com concessão fraudulenta de crédito a particulares.
O indivíduo, de nacionalidade portuguesa, foi detido no âmbito de um mandado de detenção emitido pelo DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Coimbra. Elementos da Judiciária guardense localizaram-no num hotel de Lisboa, tendo apreendido quatro telemóveis, 2.980 euros em dinheiro e diversa documentação com interesse para a investigação numa busca ao quarto onde se encontrava e ao carro. Segundo a PJ, o detido é suspeito de publicar anúncios em diversos jornais, de âmbito nacional e regional, onde propunha emprestar dinheiro a pessoas em dificuldades, fazendo-se passar por empresário. Na sequência desses anúncios foi recebendo contactos de gente de todo o país, a quem pedia o envio de diversa documentação para avaliação do risco do falso empréstimo, bem como o pagamento de uma quantia para custear despesas administrativas, no valor de algumas centenas de euros. «Após receber o dinheiro, o indivíduo agendava encontros fictícios com as vítimas para celebração do contrato, mas ao qual não comparecia, consumando-se assim a burla», refere a PJ.
Segundo informações obtidas junto do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Guarda, não é possível ainda determinar o montante obtido com as burlas, uma vez que «não está totalmente definido o universo de vítimas». Já o envolvimento da PJ da Guarda nesta operação decorre do facto das primeiras vítimas identificadas serem residentes na região. «Com o desenvolvimento da investigação foram detetadas mais burlas noutros pontos do país, passando o inquérito para o DIAP de Coimbra, mas mantendo-se o DIC da Guarda como titular da investigação por ser na altura a estrutura da PJ que estava mais avançada no caso», adianta o coordenador, Pessoa Nunes. O detido tem largos antecedentes criminais por delitos do mesmo tipo, estando indiciado por outros crimes idênticos cometidos noutras zonas do país. Presente para primeiro interrogatório judicial ao Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra, o juiz determinou a prisão preventiva do suspeito.
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