1- Não sou nenhum expert e por essa razão coloquem dúvidas no que digo. Isto é um exercício de previsibilidade sobre os barris de petróleo. Angola governou-se sem uma administração eficaz, desse modo foi entregando poder a poucos, que distribuíam por mais alguns, num confortável encontro de interesses e numa pirâmide assente no petróleo e na facilidade de bombear resposta para tudo. A descida do petróleo tem jogos financeiros, tem interesses políticos e mais ciências que desconheço, mas tem consequências que percebo e tacteio. Menos petróleo traz mais incumprimento e este oferece falências e créditos mal parados. A instabilidade nasce de modo exponencial com a falta de pão. Assim há bancos portugueses com exposição grave ao petróleo de Angola. Há portugueses dependentes das empresas que vivem dos pagamentos do Estado angolano. Não podemos ficar distraídos com esta aproximação aos 30 dólares dos barris.
2- A instabilidade está em todo o lado. A nuvem cinzenta que nos cobre tem o conflito ucraniano e russo longe de estabilizar a Europa e perto de obrigar os alemães a preocuparem-se. Milhões de ucranianos em debandada obrigam à construção de campos de refugiados na Polónia e na Alemanha. A intolerância religiosa e a opção pela cultura do livro único de muitos governos obrigam a projetar o encerramento de fronteiras e o fim das relações com estados religiosos. O mundo ocidental para preservar a sua liberdade e os direitos das suas minorias e dos seus avanços sociais vai inevitavelmente ter de se defender. Os intolerantes não nos permitem qualquer liberdade em prol do respeito das suas crenças. Porque lhes toleramos que venham ao nosso mundo exigir as suas demências e fanatismos? Os factos são todos a favor do crescendo dos extremismos. O mais difícil é preservar o nosso modo de viver que tolera a pornografia, a droga, o alcoolismo, a luxúria, o mundo monoparental, a transsexualidade, a mudança de sexo, as mães sem pai, os pais sem mãe, os ventres de aluguer, e tudo o que os islamitas e os ortodoxos e os cristãos radicais impediriam, entendendo que mesmo nesses excessos somos quem tem razão.
Por: Diogo Cabrita