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Petição para reduzir custos energéticos no distrito da Guarda na Assembleia da República

As baixas temperaturas caraterísticas da região no Inverno já motivaram a criação de um abaixo-assinado na Internet que defende uma redução de 30 por cento nas tarifas do gás e da eletricidade. O assunto reuniu 2.019 assinaturas e foi encaminhado para a Assembleia da República em abril do ano passado, mas não teve qualquer seguimento até ao final da legislatura.

A petição – que esteve disponível em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT71597 – foi lançada pela guardense Gisela Fernandes, que perante o frio invernal característico da cidade mais alta, constatou a necessidade de um “desconto” nos custos energéticos para os residentes na Guarda. Criado no dia 25 de novembro de 2013, o “abaixo-assinado virtual” reuniu mais de mil assinaturas nos primeiros quatro dias. «A Guarda merece uma atenção especial, pois temos sido alvo de temperaturas baixíssimas», justificava na altura Gisela Fernandes a O INTERIOR. De resto, a proponente foi conhecer a realidade de outras casas e não tinha dúvidas de que esta é uma preocupação comum a quem reside no distrito: «Há muitas pessoas a declarar que é impossível ter um ambiente confortável, pois implicaria gastos elevados e não há dinheiro para isso», adiantava a professora assistente convidada da Universidade da Beira Interior (UBI).

A petição referia que «os elevados preços cobrados pelas entidades exploradoras destas energias fazem com que muitas pessoas poupem ao máximo no aquecimento e vivam sem as condições mínimas de conforto durante os curtos dias de Inverno». Por isso, «com o intuito de que todos os portugueses possam ter uma vida mais digna, e mais aproximada aos padrões europeus, proponho que seja feita uma redução de 30% nas faturas do gás e da eletricidade, a todos os cidadãos residentes no distrito da Guarda, durante os meses em que esteja em vigor o horário de Inverno».

A petição pedia esta redução, mas, na opinião de Gisela Fernandes e de alguns assinantes, até podia ser de 40 ou 50 por cento. «Se quem analisasse a petição não conhecesse a realidade climatérica da Guarda iria achar demasiado e corríamos o risco de não levar a ideia adiante», argumentava. O objetivo era atingir as cinco mil assinaturas e levar o caso à Assembleia da República: «Os argumentos são bem reais, por isso mais do que suficientes para merecermos atenção e sermos bem-sucedidos», sublinhava a docente.

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