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Perdas de água da rede baixaram 10 por cento desde 2005

Presidente dos SMAS da Guarda promete uma actualização «menos agressiva» das tarifas se tendência continuar

Nos últimos dois anos, o município conseguiu reduzir em 10 por cento as perdas de água na rede pública de abastecimento à população. O resultado foi apresentado ao executivo, na semana passada, pelo presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS).

Em 2005, este indicador era um pouco superior a 38 por cento, tendo sido de 28,8 por cento no ano transacto. Ou seja, houve 40 mil metros cúbicos de água desperdiçada em 2007. «A média nacional situa-se entre 30 e 40 por cento», especificou Vítor Santos. O também vereador da maioria socialista acrescentou que estes desperdícios devem-se a situações de rega com água que não foi paga aos SMAS pelos consumidores domésticos, mas também por serviços municipais ou instituições, como jardins, centros de dia, cemitérios ou Juntas de Freguesia. «Para reduzir ainda mais as perdas do sistema estamos a substituir contadores, cuja maioria está ultrapassada, e a canalização urbana para evitar rupturas», adiantou. Segundo Vítor Santos, se esta tendência de diminuição continuar, os consumidores já poderão sentir alguns efeitos positivos em 2009.

Mas nada de grandes reduções, tratar-se-á apenas de uma actualização «menos agressiva» das tarifas comparativamente aos últimos anos. «Haveria uma forma de ter maior eficiência no abastecimento, que era colocar um sistema totalmente novo, mas isso é impraticável e impossível, portanto, temos que ir paulatinamente», sublinhou o presidente dos SMAS. De resto, a meta dos serviços é ter «entre cinco e sete por cento» de perdas de água num prazo de três anos. A vereadora do PSD, Ana Manso, destacou a acção dos serviços nesta matéria, mas pediu um «esforço suplementar» para que os desperdícios se reduzam ao mínimo de forma a beneficiar os consumidores. Até lá, e segundo a nova lei, estes vão deixar de pagar o aluguer dos contadores da água, entre outros, partir de 26 de Maio. Mas este cenário parece não preocupar Vítor Santos, para quem a aplicabilidade daquela portaria ainda está em dúvida neste sector.

«Não é assim tão linear quanto isso, pelo que estamos a estudar a legislação. Contudo, os SMAS estão preparados para abolir essa tarifa e têm, para minimizar o impacto, uma reserva financeira compatível com essa redução da receita», adianta. Na última reunião de Câmara, o executivo aprovou também uma candidatura às “Parcerias para a Regeneração Urbana”, no âmbito do Programa Operacional Regional do Centro, iniciativa destinada ao desenvolvimento de programas integrados para os espaços urbanos. Nesse sentido, foi aberto o concurso para a elaboração do respectivo “Programa de Intervenção Urbana da Cidade da Guarda”. Esse documento vai definir a estratégia e o plano de acção para a regeneração do centro urbano, no seguimento das intervenções realizadas pelo PolisGuarda.

Luis Martins

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