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Pequeno poder

Saliências

Estou revoltado com este pormenor do pequeno poder. As discotecas sempre tiveram porteiros famosos definindo uma casa, ou uma estratégia para ela. Eles faziam toda a diferença numa gestão de um lugar de noite. Também nos Hospitais e Escolas, Tribunais e Empresas a escolha do pequeno poder deve ser feita para a melhoria de uma estratégia. Quem pode criar bons núcleos com maus directores? Quem pode lançar unidades funcionais dirigidas por preguiçosos militantes? Normalmente a preguiça está associada a uma intensa e impenetrável teimosia. Nós sabemos como um medíocre se rodeia de desqualificados, de mal preparados, de intencionais prevaricadores, aproveitando o seu momento para dar o golpe da vida, o momento em que sem mérito, sem qualidade passam a usufruir salários reservados aos melhores. Contrariamente aos velhos católicos nem agradecem a sorte que lhes caiu do céu. Estão tão convictos da sua performance que se sentem merecedores do golpe. O pequeno poder é importante e deve ser entregue a protagonistas que podiam sonhar com um lugar maior. O perfil deve abarcar gente com mundo, com saber, com solidariedade, com saúde física e mental para que não seja um espaço de sorte. O pequeno poder tem de decidir o mais possível para libertar os decisores importantes para a estratégia nacional, para os caminhos a percorrer na década seguinte.

Algum dia serei ouvido?

Por: Diogo Cabrita

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