No rescaldo das europeias, o PCP da Guarda realça a «perda significativa» da votação do Bloco de Esquerda e a redução da expressão eleitoral de PS, PSD e CDS no distrito.
Reunida no último domingo para analisar os resultados, a Direção da Organização Regional destaca igualmente que a CDU «consolidou a sua votação num quadro de menos 8.665 votantes no distrito», tendo crescido nas freguesias urbanas da Guarda, Seia/São Romão, Trancoso, Almeida e Aguiar da Beira. Mas para o PCP o que resultou destas eleições é a queda dos partidos do arco do poder (PS, PSD e CDS), que, «no seu conjunto, viram a sua votação reduzir-se no distrito perdendo 5,2 por cento» de votos. Pior só mesmo o Bloco de Esquerda, já que, pelas contas do PCP, perde «68,1 por cento da sua massa eleitoral no distrito, menos 3.406 votos». Já o “fenómeno” Marinho Pinto e do MPT, que ultrapassou a CDU e foi a terceira força política mais votada no distrito da Guarda nestas europeias, é atribuído a «conceções populistas na sociedade portuguesa e à promoção que lhe foi dedicada por alguma comunicação social». O PCP considera ainda que os mais de 67 por cento de abstenção registados no distrito são «um sinal de desistência perante as tremendas dificuldades impostas pela política de direita ou de descrença radicada na frustração de votos dados a quem ao arrepio das falsas promessas os usou para comprometer as suas condições de vida».
