A Águas da Covilhã (ADC) «aumentou de forma brutal os preços a praticar em 2010» e fê-lo «pela calada e sem aviso prévio», denuncia o PCP da Covilhã em comunicado, onde acusa o PSD na Câmara e na empresa de «agravarem a situação económica dos covilhanenses e das suas instituições».
Para os comunistas, que dizem que a Covilhã paga já a factura mais elevada do distrito, este é «um golpe baixo e vergonhoso» da maioria social-democrata que se mostra «insensível uma vez mais às dificuldades dos covilhanenses». De acordo com este partido, a subida é de nove por cento no caso de um consumo doméstico de 10m3/mês e de 11,3 por cento para um pequeno consumidor comercial que consuma 20m3. Ainda segundo as contas dos comunistas, também para as instituições sem fins lucrativos e para as instituições da administração central há aumentos, na ordem dos oito por cento. «A isto junta-se ainda o facto de a Câmara Municipal deixar de assegurar o pagamento da água e electricidade a algumas colectividades a partir do dia 1 de Março», lê-se no comunicado, que acrescenta que «efectuar um contrato de água em 2010 custa mais cinco por cento». «Tais aumentos, várias vezes superiores à inflação estimada para 2010 (1,3 por cento) contrasta com as promessas feitas no passado pela maioria PSD de que a detenção da maioria do capital das ÁDC por parte do município, associada à garantia de indexação do preço da água e serviços à taxa de inflação, seriam suficientes para evitar a prevalência do interesse lucrativo do parceiro privado», afirma o partido. «O PCP condena veementemente estes aumentos e exige a sua imediata revisão para valores de acordo com os aumentos salariais e a inflação prevista», lê-se ainda.