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PATRIMÓNIO AZULEJAR RELIGIOSO EM LIVRO

Na Igreja de São Vicente, Guarda, foi apresentado na passada sexta-feira, 18 de Dezembro, o livro PAR – Património Azulejar Religioso na Diocese da Guarda”. Esta publicação resultou de uma parceria entre o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e a Diocese da Guarda.

O projeto, que agora se concretiza em forma de livro “nasceu, há cerca de dois anos, da constatação da necessidade de sistematizar e promover o relevante património azulejar religioso que existe na área que abrange o distrito e a diocese da Guarda. Tesouro devidamente inventariado pela Diocese, o património azulejar, parte dele passível de ser usufruído livremente, porque visível da via pública, mas não devidamente valorizado em alguns casos, tornou-se o alvo de interesse para a elaboração desta publicação”, esclareceu Anabela Sardo, na nota introdutória a este livro.

Esta docente (que esteve na coordenação desta obra) da Escola Superior de Turismo e Hotelaria do IPG, considera que “esta riqueza, nem sempre preservada da melhor forma ao longo dos tempos, mas, ainda assim, existente em número considerável no território que se circunscreveu, despertou a curiosidade de um grupo de pessoas com sensibilidades e competências diversas.”

Assim foi preocupação dos elementos que estiveram ligados a este projeto “dar voz aos belos e singulares painéis azulejares religiosos que, graciosa e alegremente, se oferecem ao apreço e deleite do residente, visitante ou turista, devoto ou não, nas aldeias, vilas e cidades da região”.

Anabela Sardo elucidou que a presente edição “não tem, nem podia ter, o ensejo de mostrar todo o vastíssimo património azulejar existente e inventariado, pelo que foi imperioso definir-se uma escolha metodológica, optando-se por selecionar os exemplares cuja importância histórica, artística e religiosa servissem de exemplo e convidassem a descobrir os outros não menos fascinantes que podem encher de cor e magia a passagem do visitante” acrescentando que foi objetivo principal “a valorização de um património, de um território e, como não podia deixar de ser, das suas gentes, ajudando, simultaneamente, a promover o Turismo e a aumentar a autoestima de uma região.”

O Presidente do IPG, Constantino Rei, mostrou a sua satisfação por esta colaboração com a Diocese da Guarda “esperando que ela sirva de exemplo para outras parcerias, para outros projetos, pois o património imaterial que nós temos é muito valioso; é necessário preservá-lo mas é sobretudo necessário divulgá-lo e utilizá-lo como instrumento de promoção do turismo da região”.

O Bispo da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício, salientou que valoriza esta parceria porque foi estabelecida “com uma instituição de referência, como é o caso do IPG; se queremos trabalhos sérios, com base científica, temos de recorrer aos meios e hoje, aqui na Guarda, quem tem o meio de investigação científica é, sem dúvida, o Instituto Politécnico”.

D. Manuel Felício disse que esta publicação abre perspetivas para “outros projetos na área da cultura e da arte”, acrescentando ser este livro “importante para o aprofundamento da cultura de cada um e para que os nossos ambientes sejam devidamente valorizados. É um bom contributo para relançarmos o património cultural da nossa região”.

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