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“Partida de Carnaval” do Almeida em Figueira

Equipa de Adelino Guerra empatou em casa com os vizinhos

«Foi mau de mais para ser verdade». Foi com esta expressão que Mário Jorge Quadrado, presidente do Ginásio Figueirense, explicou a “O Interior” a verdadeira hecatombe ocorrida sábado à noite no Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. A equipa local empatou com os vizinhos e rivais do Estrela de Almeida, que veio mais uma vez à vila da cegonha estragar as contas dos homens do Ginásio. E o empate custou mesmo a liderança do Distrital da Guarda.

Mário Jorge Quadrado, inconformado, garante que «os ordenados estão em dia, o ambiente no balneário é bom, a relva também não pode servir de desculpa, pelo menos para nós… Para mim foi excesso de confiança! Lá pensaram que seriam favas contadas, mas o futebol é isto, golos, e eles marcaram um, premiando assim a sua entrega o jogo», desabafou. Há muito pouco para destacar nesta partida disputada sábado à noite. O Figueirense, até então primeiro, recebeu o Estrela de Almeida, um dos últimos, numa luta que parecia desigual. Os figueirenses apresentaram-se em campo com um futebol previsível e sem ambição e garra, mau grado uma ou outra jogada com pouco ou nenhum perigo. Pelo contrário, de Almeida vieram atletas que fizeram das “tripas coração” para, no mínimo, perderem por poucos. Os da casa, quiçá com fantasmas antigos na cabeça, entraram na segunda parte mais convencidos que tinham que jogar e lá conseguiram marcar num lance de bola corrida, com Pedro Mendes – o melhor do jogo – a rematar forte e colocado à baliza do Almeida. Isto e pouco mais é muito pouco para uma equipa que quer ser campeã.

Contudo, a surpresa ainda estava para vir. José São Pedro – com uma boa actuação, por certo a melhor equipa em campo – concedeu cinco minutos de tempo extra, aproveitado pelo Almeida para, numa das raras jogadas de perigo em toda a partida, empatar o desafio. Estavam decorridos três minutos dos descontos e pareceu um escândalo em Figueira de Castelo Rodrigo. Houve, até “mosquitos por cordas”, com alguns adeptos mais exaltados a insultar vários jogadores. Curiosamente foi aquele que mais fez para não merecer as tais críticas, Pedro Mendes, quem perdeu a compostura para com os apoiantes. «A massa associativa tem todo o direito de estar indignada, mas deve ter mais respeito para com o trabalho que está a ser desenvolvido no Ginásio», pede Mário Quadrado, que lamenta ter «desperdiçado» mais dois pontos.

Carlos Coelho

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