Como vem sendo habitual, a Assembleia da República, em colaboração com o Instituto Português da Juventude e Desporto (IPDJ) e Ministério da Educação, promoveu e levou a cabo mais uma edição do programa Parlamento dos Jovens, este ano subordinada ao tema “Os jovens e o emprego: Que futuro?”. A EPT, mais uma vez, marcou presença, tendo participado com um projeto de Recomendação que, após aprovação em sessão escolar, transitou para a sessão distrital realizada no pretérito dia 05 de Março, no auditório do IPDJ da Guarda. A proposta apresentada manifestou as preocupações que este tema suscita nos jovens: haverá, atualmente, questão mais premente para os jovens portugueses do que o emprego? Será que o sistema educativo português cumpre o seu objetivo de preparar e conduzir os jovens à boa integração no mercado de trabalho? Estarão as organizações empresariais abertas e disponíveis para fazer o esforço de assimilar uma mão de obra jovem, mas melhor preparada tecnicamente para enfrentar as exigências dos mercados? Ou continuará o país a assistir à fuga, em direção ao estrangeiro, da massa cinzenta, da criatividade, da energia e capacidade humanas, inerentes à população mais jovem, continuando a adotar uma posição de “passividade e tranquilidade” habituais, como se não se estivesse a desperdiçar riqueza nacional e pondo em causa, a longo prazo, a própria subsistência e independência do país? Como poderá um país crescer economicamente e evoluir socialmente sem jovens? São insustentáveis os valores da taxa de desemprego dos jovens.
É esta a realidade com que atualmente nos confrontamos que serviu de base de reflexão para os nossos “jovens deputados” e para a qual estes exigem respostas e medidas de quem de direito. Haja quem os ouça!
Luís Pinto
