Arquivo

Parque Urbano do Rio Diz aberto ao público

PolisGuarda desafia guardenses a não esperar pela inauguração oficial, cuja data ainda não está marcada

Os guardenses não esperaram pela inauguração para entrar no Parque Urbano do Rio Diz. No último fim-de-semana, centenas de curiosos invadiram a última obra da sociedade PolisGuarda, cuja abertura oficial ainda não tem data marcada, e descobriram um espaço de lazer cheio de surpresas agradáveis. «As pessoas já podem começar a utilizar este parque porque está pronto. Faltam só uns pequenos arranjos e ligar a iluminação pública durante a noite, o que deverá acontecer a qualquer momento, mas nada disso é impeditivo para a sua vivência», garante António Saraiva.

O director-executivo do PolisGuarda desafia mesmo os munícipes a aproveitar as últimas tardes amenas para uma visita àquilo que considera um «pequeno mundo». Ao todo foram requalificados 18 hectares nas margens do rio Diz, juntando-se ao famoso iglódromo uma ludoteca, com biblioteca e ateliers, além de um bar e de um parque infantil dedicado à exploração espacial. A gestão destes equipamentos será brevemente concessionada a finalistas nas áreas de Educadores de Infância, Relações Públicas, Desporto e Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação da Guarda (ESEG). «Ao contrário dos críticos, achamos que o Conselho de Administração tomou a atitude certa quanto optou pela ESEG», refere o arquitecto, adiantando que os alunos seleccionados não terão quaisquer custos no primeiro ano de exploração. Nesta área, o “ex-libris” é o parque infantil e as suas 17 ilhas de diversão, em cujo centro ficará uma fonte interactiva que representa o sistema solar.

Mais adiante existe o Jardim dos Ambientes, com cerca de 20 quadrados onde foram semeadas «de forma diferente» várias espécies autóctones de plantas e árvores. Outra zona que fica na retina é o grande espelho de água que vai até à esplanada do semi-coberto. «Um dia destes poderemos ter a surpresa de ver ali aves aquáticas», anuncia António Saraiva, enumerando os espaços verdes existentes, os percursos pedestres e os espaços para animação ou actividades desportivas informais. «Há seis zonas de relvado para isso. Aliás, no Parque Urbano pode-se pisar a relva, porque ele foi feito para ser usufruído pelas pessoas», sublinha. Surpreendente é também o espaço de merendas criado num núcleo de carvalhos adultos. Para facilitar a vida dos visitantes há 400 lugares de estacionamento nas imediações. «A Guarda precisava de um parque destes e os guardenses vão ficar surpreendidos com o que foi feito», acrescenta António Saraiva, que alerta para os cuidados a ter com sua conservação e manutenção. «Os custos serão elevados nos dois primeiros anos, mas cabe a todos os utilizadores zelar pelo espaço e até denunciar os infractores, porque este investimento destina-se a melhorar a qualidade de vida urbana», adianta.

Nesse sentido, revela que neste período o empreiteiro assumirá a manutenção do parque, cujas zonas verdes e parque infantil passarão depois para a tutela da Câmara. «Neste momento há muitas árvores secas, mas as pessoas podem ficar descansadas porque vão ser substituídas nas próximas semanas», tranquiliza. O arquitecto afirma também que as margens do rio Diz estão a consolidar-se, mas isso não impedirá futuros alagamentos em dias de muita chuva: «Não podemos evitá-los, pelo que o material aplicado está preparado para essa situação», indica. Nesta obra, o PolisGuarda gastou oito milhões de euros e semeou 50 mil plantas e 1.700 árvores autóctones. As obras do Parque Urbano tiveram início em Julho de 2004.

Luis Martins

Sobre o autor

Leave a Reply