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Parque da Goldra parado por falta de dinheiro

Empreiteiros abandonaram a obra após alguns trabalhos de demolição e construção de aterros

As obras do Parque da Goldra, uma intervenção do PolisCovilhã numa área de seis hectares nas margens da Ribeira da Goldra, encontram-se paradas desde meados de Julho por falta de dinheiro. A empreitada, consignada às empresas “Constrope – Construção Civil e Obras Públicas” e à “Lambelho & Ramos, Lda”, arrancou em Maio com a construção do estaleiro, aterros, betão armado e demolições de edifícios, entre outras acções.

Estes trabalhos custaram cerca de um milhão de euros e foram quase todos suportados pelos empreiteiros, embora a Câmara já tenha pago «uma parte desse valor», esclareceu Carlos Pinto, responsabilizando a «inoperacionalidade» e a «burocracia» da administração central pela situação. «O processo anda do ministro para o secretário de Estado, do gestor do Programa Operacional do Ambiente para o coordenador do Programa Polis e depois faz o circuito inverso», acusa o presidente, lamentando que já se tenham gasto «milhões de euros» em obra, negociações com 25 proprietários, expropriações e realojamento de 14 famílias sem que a candidatura da empreitada tenha sido aprovada. Perante esta situação, a Câmara da Covilhã questionou os empreiteiros se teriam capacidade «para suportar a despesa», mas estes, perante a falta de dinheiro desde Maio, decidiram abandonar a obra, disse o autarca, esperando que o financiamento e a candidatura sejam brevemente aprovados de forma a que os trabalhos possam «prosseguir normalmente» para ficarem prontos na Primavera de 207. De resto, Carlos Pinto não poupa o Programa Polis, que acusa de dever à autarquia «cerca de dois milhões de euros há mais de um ano».

O novo parque de recreio e lazer da cidade está orçado em 5 milhões de euros e nascerá entre as instalações da Águas da Covilhã e o pólo I da UBI. Vai ter 150 árvores, áreas para desporto, estacionamento, equipamentos de recreio e restauração. Por expropriar estarão ainda oito garagens na Calçada Alta, numa das encostas do parque, cujos proprietários não chegaram a acordo com a PolisCovilhã.

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