Os paroquianos de Ranhados, no concelho de Mêda, recusam participar em cerimónias religiosas em protesto contra a transferência do pároco local para outra freguesia na Diocese de Lamego. Em causa está a transferência para Sendim do padre Luís António, que servia as localidades de Ranhados, Alcarva, Chãos, Paipenela, Casteição e Coriscada. Estela Gambôa, que lidera um movimento contra a transferência do clérigo, disse à Lusa que «a transferência do pároco é um acto ignóbil que fere a sensibilidade das pessoas, a religião e sobretudo a convicção dos paroquianos que viam no padre Luís um homem de solidariedade». O pároco em causa esteve “retido” durante o último fim-de-semana na sacristia da igreja de Ranhados por populares que contestaram a sua saída. «Estamos em estado de choque até porque, a pretexto de que a mãe do nosso pare estava doente, este, acompanhado por dois sacerdotes, teve mesmo que sair da terra, o que em nada faz com que a Igreja Católica seja, como diz ser, justa, tolerante e próxima das pessoas», afirmou Estela Gambôa.
