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Parkurbis recebe esta semana as primeiras cinco empresas

Empresas de iniciativa local estão ligadas à UBI e centram-se nas áreas da indústria têxtil e de sistemas de informação

Cinco empresas de iniciativa local centradas nas novas tecnologias, mais precisamente nas áreas da indústria têxtil e de sistemas de informação, vão começar a ser instaladas ainda esta semana no Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã e utilizar as mais-valias e a “massa cinzenta” da Universidade da Beira Interior. Estas são as primeiras empresas a instalarem-se naquele que será o maior centro de investigação tecnológico da região.

Apesar de ainda não se saber o nome das empresas, por ainda se estar numa fase de instalação, “O Interior” apurou que se trata de empresas recentemente criadas por alunos e professores da UBI para desenvolverem tecnologias de ponta para a indústria têxtil e para os sistemas de informação. No caso da indústria têxtil, sector mais penalizado com a crise económica dos últimos anos, a empresa que o Parkurbis acolherá apresenta propostas para «modernizar o sector» com a incorporação de novas tecnologias. «A empresa irá testar novas aplicações têxteis, nomeadamente a incorporação de fibras electrónicas em vestuário», adianta a “O Interior” Pedro Farromba, director executivo do Parkurbis, enquanto as restantes sociedades da área dos sistemas de informação irão apresentar propostas inovadoras em sectores como a «biometria, sistemas de qualidade e segurança de redes», refere, acrescentando tratar-se de iniciativas «valiosas» para desenvolver o tecido económico e empresarial da região. Uma opinião partilhada por Carlos Cabrita, presidente do Concelho Científico e Tecnológico (CCT) do Parkurbis, para quem estas são iniciativas «vantajosas e que irão trazer mais-valias para a região e essencialmente para a UBI», pois um dos objectivos primordiais do Parque de Ciência e Tecnologia é a «criação de sinergias entre as empresas e a universidade».

As novas empresas têm já o apoio do Parkurbis para começarem a desenvolver os projectos no espaço provisório cedido nas instalações da Associação de Desenvolvimento Local “Rude”, contando ainda com a ajuda financeira da sociedade de capital de risco e de candidaturas a projectos, criada para o efeito. Entretanto, o Conselho de Administração do Parkurbis aguarda ainda a autorização da Direcção-Geral de Geologia e Energia para poder instalar uma empresa tecnológica de aproveitamento das energias renováveis. Esta foi a primeira proposta a ser aceite pelo Conselho Científico presidido pelo professor catedrático em Engenharia Electrotécnica da UBI, Carlos Cabrita, sabendo-se apenas que se trata de uma empresa da região que possui também nos seus órgãos sociais antigos alunos da UBI. Aguardado com expectativa pelos covilhanenses, o Parkurbis começa esta semana a trabalhar para o desenvolvimento do tecido económico da região, constituindo-se assim como pólo catalizador do seu desenvolvimento económico. Além disso, irá contribuir para a fixação de empresas de base tecnológica e consequente fixação da população, aproveitando o potencial da oferta da UBI na área de I&D.

Edificio-sede pronto em 2005

O Parkurbis vai continuar a aguardar mais propostas relacionadas com as áreas de especialização da universidade, ou seja, indústrias do ambiente, telecomunicações e tecnologias da informação, tecnologias da saúde, tecnologia dos materiais, aeronáutica e automóvel para se instalarem no edifício-sede, no Parque Industrial do Tortosendo. O imóvel, que deverá estar pronto no Verão de 2005, é constituído por um auditório, restaurante, área multiusos, salas de reuniões e salas para instalações de empresas com os devidos serviços de apoio. Câmara da Covilhã, UBI, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), Associação dos Industriais de Lanifícios (ANIL), Associação Empresarial dos concelhos da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), Associação Empresarial da Região de Castelo Branco (Nercab), PT Comunicações, Caixa Capital (grupo da Caixa Geral de Depósitos) e a empresa de transformação de fruta, Frulact, congregam esforços para criar na região a primeira estrutura vocacionada para o desenvolvimento inovador e tecnológico da região, aproveitando as sinergias entre a UBI, as instituições de investigação e as empresas. A obra foi entregue à Novopca e rondará os três milhões de euros, sendo apoiada em 50 por cento(1,25 milhões de euros) pelo Programa Operacional da Economia (POE).

Liliana Correia

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