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País a assoar-se na gravata por engano

observatório de ornitorrincos

Banqueiros querem sonecas de Mário Lino como garantia para o sector

Após a concessão do Governo de garantias no valor máximo de 20 mil milhões de euros para o sector bancário, os mercados respiraram de alívio e os administradores voltaram das férias nas ilhas Caimão, onde se encontravam desde o início da crise. Já sabemos que a banca ficou satisfeita com essa almofada financeira, mas preferia ter recebido do Governo a garantia de que o ministro Mário Lino passa mais tempo a dormir do que a governar. Segundo um administrador de um banco me contou durante uma sessão de pedicura, as sonecas do ministro seriam a melhor maneira de evitar a instabilidade dos mercados, a subida da Euribor e Fóruns da TSF sobre obras públicas.

Politólogos diagnosticam “síndroma de Elsa Raposo” ao Governo

Um painel de cientistas políticos liberais reunidos na missa de 54952º dia de Alexis de Tocqueville considerou, após vários minutos de uma discussão que andou entre o Espada e o Pareto, que este governo sofre do fenómeno conhecido nas ciências sociais por “síndroma de Elsa Raposo”. Os investigadores diagnosticaram à equipa governativa “várias paixões sucessivas e mal sucedidas, amuos e zangas constantes e uma enorme vontade de aparecer”. Cláudio Ramos comentou desta forma a análise: “O primeiro-ministro, tal como a Elsa, sofre com a situação paradoxal da modernidade avançada. E ambos acreditam que a solução dos problemas está na silicone”.

Filosofia pós-hegeliana influencia más atitudes dos alunos perante os professores

Num seminário intitulado A Filosofia Alemã e a Rebaldaria nas Escolas, a estudante da escola Carolina Michaelis que ficou famosa no You Tube por agredir a professora que lhe tirou o telemóvel reconheceu que o seu erro foi ter sido excessivamente influenciada pela filosofia alemã do século XIX. “Segundo Nietzsche, o meu telemóvel faz parte da minha individualidade irredutível. E como queria o telemóvel de volta para falar com o meu namorado, tentei debater com a professora a tese do eterno retorno”, explicou. “Já Schopenhauer deixou expresso que a Vontade tem uma supremacia ontológica sobre o intelecto, e a minha vontade era partir-lhe a cara”, acrescentou a adolescente. A rapariga contou também que ainda tentou fazer entender à professora a diferença aclarada por Marx entre valor de troca e valor de uso. “O mundo da stôra estava reificado e a sua alienação não lhe permitiu compreender a minha praxis”. Será que então estaríamos perante um problema causado por um fosso geracional, perguntei. “Olha, se calhar. A velha deve ser kantiana e eu é que me lixei”.

Por: Nuno Amaral Jerónimo

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