A Comissão Política de Secção do PSD da Guarda, em reunião havida na freguesia dos Trinta, com representantes desta freguesia e freguesias limítrofes auscultou a sensibilidade e opinião das pessoas nesta zona de acesso à Serra da Estrela, tendo debatido, entre outros assuntos, a necessária e já falada Reorganização administrativa das freguesias.
Sobre este ponto, foi auscultada a opinião dos eleitos locais das freguesias, que mostraram a sua preocupação pela anunciada reorganização administrativa. Foi unanimemente reconhecido que este dossier não pode ser tratado no interior com os mesmos parâmetros que têm sido anunciados para as grandes metrópoles. Impõe-se que a reforma administrativa constitua um incentivo para a fixação de pessoas no interior do país e respeite as tradições e peculiaridades ancestrais de cada uma das localidades e freguesias.
Os representantes das freguesias que se vêm confrontados com a ausência de médico, mostraram-se indignados com a falta de estratégia que, ao longo dos anos, não apostou em fazer daquela zona o principal e mais apelativo acesso para a Serra da Estrela, reconhecendo que a sobrevivência e a reorganização desta zona do concelho passa essencialmente pelo turismo e pela certificação dos produtos endógenos. A não concretização de um projeto que garanta uma fácil acessibilidade ao maciço central da Serra da Estrela compromete a atratividade turística da zona, em detrimento de outros concelhos e distritos que se arrogam donos da Serra da Estrela, apesar desta se situar maioritariamente no distrito da Guarda.
Outros dos assuntos abordados foi a Introdução de portagens nas A23 e A25. Tal como a CPS PSD da Guarda desde a primeira hora afirmou, os pressupostos legalmente previstos pelo Governo para a introdução das portagens (nível de rendimento alinhado com a média nacional e existência de vias alternativas) não se verificam.
A CPS PSD Guarda e os representantes das freguesias presentes neste encontro entendem que a introdução das portagens terá necessariamente de ficar suspensa até ao ato eleitoral que se avizinha. Com efeito, o diploma aprovado pelo Governo socialista não se encontra regulamentado e em condições de introduzir o regime de isenções.
Por outro lado, exige-se uma clarificação por parte dos candidatos às próximas eleições, em representação do distrito da Guarda, os quais deverão apresentar a sua posição clara e objetiva acerca desta matéria e da sua incidência no interior e no distrito que se propõem representar, devendo, neste assunto em particular e noutros de interesse vital para as populações que se propõem representar, ser previamente definido um pacto de atuação, independentemente de outras disciplinas de voto.
Importa, também que quem representa a Guarda, à semelhança do que assistimos com o autarca da Covilhã, emita uma posição clara e inequívoca sobre este tema.
Por: Manuel Rodrigues *
* Presidente da concelhia da Guarda do PSD