Cerca de 50 mil euros é o prejuízo causado no Intermarché da Guarda por um grupo de assaltantes que, na madrugada do dia 21, usou uma “pick-up” para entrar na galeria comercial do estabelecimento e arrombar a montra da Ourivesaria Filipe. Os ladrões levaram ouro e relógios.
O arrojado assalto ficou registado nas câmaras de vigilância existentes no local e as imagens (disponíveis em www.ointerior.tv) – já visionadas pela polícia – mostram a rapidez de atuação dos três ladrões, todos vestidos de negro e usando uma lanterna, tipo mineiro, para se orientarem. O veículo serviu para rebentar a porta principal do supermercado e arrombar depois o gradeamento e a montra da ourivesaria, situada a cerca de 40 metros. Com o caminho livre, despejaram várias gavetas, mostruários e prateleiras com peças em ouro e relógios dos mais caros, que carregaram na caixa-
aberta da “pick-up”. Passados quatro minutos, os assaltantes abandonaram o local fazendo marcha-atrás em direção à entrada principal e puseram-se em fuga. Alertados pelos alarmes, os responsáveis do hipermercado e a polícia chegaram pouco depois e limitaram-se a constatar os estragos. A proprietária da ourivesaria, Paula Ferreira, disse que os prejuízos são elevados, «mas ainda não temos todas as contas, porque destruíram quase tudo».
Visivelmente consternada, a empresária confirmou que os ladrões não mexeram no cofre e que só levaram ouro e relógios. «Deixaram meia dúzia de artigos e partiram tudo cá dentro», acrescentou. Já o responsável pela segurança do Intermarché adiantou ter sido avisado pela central de alarme. «Recebi uma chamada pelas 3h30 a dizer que havia sinal de portas e vidros partidos, o que significa que alguém poderia ter entrado no supermercado. Desloquei-me de imediato para o local, mas quando cheguei já não havia ninguém e estava tudo partido», disse. Manuel Sampaio referiu que o espaço comercial não tem um segurança em permanência durante a noite, mas que a patrulha da PSP «passa regularmente por aqui». Na sua opinião, o que se passou foi obra de profissionais: «Isto estava bem estudado, era a ourivesaria que queriam e nada mais, nem tocaram nos eletrodomésticos expostos na galeria», referiu.
O mesmo pensa Filipe Domingues, proprietário da pastelaria e de um café próximos, que também sofreu alguns prejuízos, como garrafas partidas e balcão danificado, devido às manobras da “pick-up”. «Sabiam ao que vinham», acredita, acrescentando que, «pelas imagens, parecia que vinham armados». As autoridades estão a investigar este assalto ousado, que poderá ter sido facilitado pela localização do espaço comercial, na periferia da cidade e próximo da auto-estrada A23.
Viatura já terá sido encontrada
Segundo fonte d’O INTERIOR, a viatura pick-up utilizada pelos assaltantes era uma Nissan Forest Limited preta e foi roubada, no dia anterior, em S. João da Talha, Loures. Após o assalto, o veículo todo-o-terreno terá sido abandonado pelos presumíveis assaltantes nas proximidades de Catraia do Sortelhão (Guarda). Só no sábado a viatura foi localizada pela PSP, escondida num pinhal (próximo de uma antiga fábrica de blocos). A pick-up não apresentava grandes danos, apesar da forma violenta como terá sido utilizada no decorrer do furto, mas ainda assim tinha o para-choques do lado esquerdo danificado e os farolins traseiros destruídos. Junto à carrinha estavam mostruários de relógios abandonados. A Nissan Forest foi transportada pela PSP para a realização da peritagem. Entretanto, os investigadores tiveram já acesso às diferentes imagens de videovigilância das 24 horas anteriores ao assalto, pois, segundo fonte d’O INTERIOR, consideram que um dos suspeitos terá estado nas galerias comerciais d’Os Mosqueteiros presumivelmente para estudar as características e segurança do edifício. Os presumíveis assaltantes encontram-se ainda a monte e por identificar, segundo o que O INTERIOR pôde apurar. De acordo com a nossa fonte e – considerando a origem da viatura – é pouco provável que os assaltantes sejam da Guarda, ao contrário da versão que corre pela cidade.
Luis Martins
