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Os polares

Bilhete Postal

Neste Natal não posso deixar de dedicar os meus mais sinceros votos ao inventor dos polares. O polar destronou a lã e, com pouco peso, tirou-me o frio. Com o polar na gaveta, dei as “termoteb” aos vizinhos, deitei fora as ceroulas e hoje sou um cidadão normal que, no Inverno, não tirita. O polar já é pijama, existe em fatos de alta-costura em camisolas com e sem marca. O polar revolucionou a minha vida e é o meu objecto preferido no Inverno. Quando vestia lãs e ceroulas sentia-me ridículo na intimidade. Despia as calças e lá se viam os “collants” ou as ceroulas, conforme o dia estava mais ou menos frio. Aquelas grossas meias de lã, que me aumentavam o número do sapato e depois fediam ao sair deles, atormentavam o namoro. Isto tudo na intimidade de um balneário ou na conquista de um novo olhar. A lingerie feia que então usava fazia-me a vida possível. Hoje, com os polares estou mais seguro e mais prático. Os polares são como a “serena”, seguro e natural. Obrigado desconhecido ser que descoberta tão magnífica tiveste.

Por: Diogo Cabrita

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