Arquivo

Os impostos e a direita

Bilhete Postal

Uma carga fiscal de pequenos furos na carteira. Temos um estacionamento cobrado ao minuto. Temos taxas de turismo até para nós que vamos a Lisboa e somos portugueses. Temos um feroz ataque ao bolso dos portugueses na gasolina. Como os carros a diesel eram mais baratos, agora vamos pagar mais por ter escolhido essa opção. O assalto está lançado e não se encontra nenhum grupo político a garantir diminuição de extorsão. Nem o PNR fala de impostos contra este Estado. Nunca se ouve o PCP discutir o IRS ou o IRC. Todos estamos embrutecidos contra a vilania do sheriff de Nottingham. O dinheiro do Estado devia garantir proteção, segurança, saúde, educação, lugares públicos arranjados, oferta de serviços de interesse coletivo. A alternativa é haver menos Estado. No pressuposto de que aceitamos este, carecemos de melhor gestão do valor do PIB. Eu odeio obras públicas. Eu vomito dos investimentos do Estado que nos fizeram recuar décadas em qualidade de vida. Mas ninguém se debate com isto. Os nossos bancos são campeões da usura. Os nossos políticos defendem sempre o assalto sobre o contribuinte e aumentam sem pestanejar o IMI e as taxas e as cobranças de tudo e de nada. Há mais fiscais da EMEL que polícias nos transportes públicos. Há mais secretárias a cobrar taxas de saúde que jardineiros públicos. A minha dúvida é porque todos os partidos tendem ao mesmo silêncio nestas matérias. Percebem a importância da extorsão para manter as clientelas? As multas são cada dia mais desproporcionais sobre a pequena infração. Os portugueses apanhados na malha fiscal são tratados como ladrões porque ser relapso por imprevisibilidades aqui é crime. Um esquecimento de um dia custa mais que o valor a pagar. Mas lá está, nem a direita, que era suposto existir, fala nisto. Que miserável CDS ou PNR são estes, que não se colocam na defesa da cidadania contra o abuso fiscal? Serão liderados por esquerdistas infiltrados?

Por: Diogo Cabrita

Sobre o autor

Leave a Reply