P- Que projectos pretende desenvolver na Associação Mutualista da Covilhã nos próximos três anos?
R – Pretendemos implementar todos aqueles que foram apresentados aos sócios antes das eleições. Mas existem algumas linhas que considero fundamentais. Primeiro, a procura do equilíbrio económico e financeiro da associação. Depois, o desenvolvimento de toda uma lógica de assistência médica e de enfermagem mais ágil. Por outro lado, também é necessário resolver os assuntos pendentes, como os problemas com a empresa construtora. Finalmente, há ainda o desenvolvimento do projecto da residência assistida.
P – Como pensa resolver o passivo financeiro da instituição?
R – A aposta passará fundamentalmente por cobrar receitas extraordinárias. Contudo, vamos pedir a ajuda de todos os sócios para a realização de alguns sorteios, por exemplo. De uma maneira geral, acredito que a instituição tem uma carga muito grande de custos que precisam de ser reduzidos substancialmente.
P – A Farmácia Social e a Unidade Móvel de Saúde também constam da lista de projectos?
R – Sim, mas esses fazem parte de uma gestão a médio prazo. No que se refere à Farmácia Social, estamos dependentes do Governo. Isto porque as farmácias são autorizadas pelo Estado numa primeira fase e só depois é que as Mutualistas têm acesso aos projectos. Quanto à Unidade Móvel, ainda não analisámos o dossier. Mas iremos estudá-lo ao pormenor assim que seja possível, porque entendemos que poderia ser uma mais-valia para a associação. Tudo isto, sempre em parceria com a Câmara da Covilhã, pois é fundamental que existam sinergias para que se consigam concretizar iniciativas interessantes.
P- Afirmou a intenção de readmitir os funcionários que foram despedidos pela anterior direcção. Quando pensa fazê-lo?
R – Já foram readmitidos. Fi-lo passadas 24 horas de tomar posse. Aliás, dois deles já se encontram a trabalhar, enquanto outro funcionário vai começar no próximo 2 de Janeiro. A forma como foram despedidos foi vergonhosa e não fazia qualquer sentido não estarem a desempenhar as suas funções, pelo que esta direcção entendeu readmiti-los o mais rapidamente possível.
P- Disse também que irá passar as contas da Mutualista a pente fino. Suspeita de irregularidades?
R- Não se trata disso. Queremos apenas saber o estado das coisas. Não desconfiamos de nada em particular, mas iremos analisar com muito cuidado tudo o que foi levado a cabo. Já admitimos um profissional na área administrativa para proceder a essa análise e verificar se existe alguma anomalia. Mas não suspeitamos de nada em particular.
P- Quais são os principais desafios que se colocam à associação?
R- O primeiro foi resolvido na última sexta-feira, quando chegámos a acordo com a empresa construtora após vários anos de diferendo. De resto, a Constrope tem-se portado de forma muito elegante e esteve sempre disposta a dialogar connosco. Assim, e no espaço de uma semana, resolvemos parte da contenda, o que foi extremamente importante para a associação, uma vez que chegámos a um acordo. Para já, a empresa vai tratar de tudo aquilo que precisa de ser arranjado e que esteja menos bem no projecto. A dívida, já assumida pelas direcções anteriores, será também resolvida e também chegámos a um acordo no que se refere ao prolongamento do prazo. Para além disso, na última segunda-feira pagámos aos trabalhadores o ordenado do mês de Dezembro.