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Onde a Beira acaba e o Douro começa

Mêda

Mais uma edição de Expo-Mêda. Mais uma razão para visitar um concelho durante muito tempo votado ao ostracismo e que, gradualmente, vai saindo do marasmo a que foi votado durante décadas.

São muitas as razões para deambular pelo concelho da Mêda. A espiritualidade das ruínas de Marialva, Aldeia Histórica que soma apreciadores, com as suas casas, muralha, igrejas e contrastes, a que se soma o requinte e a qualidade das “Casas do Côro” – é um ponto de paragem obrigatório para o visitante. Contactar com as ruínas romanas de Vale de Mouro, numa estação arqueológica que “nasce” nas proximidades da Coriscada (onde também encontramos o “casarão” dos Melo e Castro), é outro ponto que emerge no turismo regional. As Termas de Longroiva, as ruínas do castelo de Ranhados ou a aldeia da Prova são outros momentos de um percurso obrigatório.

Território inóspito, cheio de riqueza natural e patrimonial, o concelho da Mêda é estranhamente desconhecido da generalidade das pessoas. Estar na Mêda é ter a oportunidade de apreciar o interminável horizonte, de saborear os figos secos e as amêndoas, de degustar os vinhos de um Douro alto e suave, de entranhar tradições e vivências.

Podemos conviver com essas sensações no cume da cidade, nas quintas do concelho, no gourmet “Vinho & Eventos”, na tranquilidade das “Casas do Côro” ou caminhando pelas ruas e ruelas da Mêda. Entre o Douro e a Serra da Estrela, com o “Património da Humanidade do Vale do Côa” «ao fundo» e o “Património da Humanidade do Alto Douro Vinhateiro” «ali ao lado», a Mêda, tão perto, mas tão longe, espera, ansiosa e hospitaleira, mostrar-se e ser descoberta.

Luís Baptista-Martins

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